sexta-feira, setembro 03, 2004

Raios&Trovões - Agosto 2004

Recado de um “covarde” ao leitor
Mil raios e trovões!! O senhor e a senhora, o jovem e a jovem, leitores e leitoras desta modesta folha, jamais esqueçai, por favor. Este redator não passa de um “covarde” na definição do presidente da República, afirmado por ele, no caminho para o Haiti, ver um futebol da seleção. Este redator é um “covarde”, porque se recusa à formação de um soviet (conselho) para jornalismo, com poder de caçar e cassar a opinião livre. “Covarde”, porque se recusa a aceitar um soviet proposto por uma entidade fascista e petista, a Fenaj, projeto abraçado pela lula lelé. “Covarde”, porque adjetiva como “fascismo”, qualquer tentativa de dar a cinco pessoas o poder sobre a opinião e a vida do jornalista, que pode ser expulso do ramo. Nem o fascista Getúlio Vargas teve tal coragem. “Covarde”, porque defende a liberdade de expressão. “Covarde”, porque o soviet é defendidio por petistas/governistas. “Covarde”, porque enxerga uma conspiração trabalhista para destruir a democracia. “Covarde”, porque nada faz contra. Mil raios e trovões!!

Cronista colorado
Noite de 05/08. o Internacional está perdendo de 1x0 para o Cruzeiro. Aí, o Wianey Carlet, na rádio, diz que o Inter o “impressiona positivamente” e o Cruzeiro “negativamente”. Ou é colorado ou é gremista se fazendo de colorado. Ou vê o jogo como o imagina, e não como é. Mil raios!

Sambista pode tudo
Decreto da prefeitura exige isolamento acústico de casas noturnas. Correto. Mas por que, raios e trovões, não exige o mesmo das escolas de samba? - que enviam, a céu aberto, seu alto som? Além de ocuparem terra pública, “cedida” bondosamente pelo prefeito.

O fim do IPE
Rigotto reformou o IPE, com votos dos deputados estaduais, para o salvar da falência, na qual já está há muito. Mas, pelo jeito, vai é quebrar de vez. Os maridos das funcionárias, que antes pagavam plano opcional, agora são dependentes. Direito $em fundo.

Fórmula falida
Na folha do RS, de cada cem, 49 estão na ativa e 51 parados. Como é de 5,2% a contribuição, precisava 20 ativos por 1. E o caixa já está estourado, não há como contratar os outros 19. A solução disso seria a capitalização e não a atual repartição coletiva, que, como todo coletivismo, quebra.

Associação do calote?
Leitora liga e reclama. É funcionária pública, paga associação há 31 anos. Hoje está em R$ 73,00 ao mês. Precisou consultar ortopedista. Ligou para o hospital Ernesto Dornelles, propriedade dos funcionários públicos. Só tem consulta se chegar antes das 06h00. Desrespeito, arrogância, fraude. Isso não é associação, é calote. Consentido, por ingenuidade. E o sindicato médico ainda diz que sobram dez mil médicos no RS. Estão onde? De férias em Cuba?

Proteção em boa hora
O homem do banco central, na República dos Bananas, transformou propriedade de 320 mil réis em um centavo de real. É investigado por irregularidades junto ao fisco. Aí, o presidente lhe deu status de ministro, protegendo-o, pois sua corte agora é o supremo. Mil raios!! Se precisa de proteção é porque a cauda é grande, raios. O governo confessou a podridão. Temia excesso da polícia na investigação. Então, nem nela manda.

A vez do funcionalismo
Com a legalização pelo supremo, politizado, os funcionários públicos descobrem, na pele, o que seus escravos, a iniciativa privada, sofreram com Sarney e FHC, que tomaram o dinheiro da previdência, modelo falido, a consumir a riqueza de toda a sociedade.

Redator, editor, jornalista na forma da lei, deformado na universidade, reformado pelas próprias leituras: Bertrand Kolecza (kolesza na web)