Taxista vence fascismo à EPTC
É assim ó: os motoristas, para terem o alvará da EPTC, são obrigados a apresentar, todos os anos, o pagamento da contribuição sindical, dinheiro arrecadado à força, pelo governo federal. A taxa gira em torno dos R$ 70,00. Se o taxista não prova que pagou, a EPTC não entrega o alvará. A exigência fascista de pagar a contribuição sindical vem de 2002 para cá.
Um grupo de seis taxistas entrou com uma liminar na Justiça e - pasmem! - ganhou. Não precisam recolher a contribuição para trabalhar.
O argumento central está em que o ente Município não pode impedir uma pessoa de trabalhar, por não pagar um tributo, ao ente União.
No despacho, a juíza de direito, Maria Cláudia Cachapuz, reconhece “comprovação do direito líquido e certo violado de pronto” e ordena à EPTC que “proceda à avaliação dos veículos independentemente de apresentação de comprovação de pagamento de contribuição parafiscal, para efeito de renovação de álvara de tráfego”. E mais: “não pode a Administração Pública restringir a possibilidade de exercício da profissão, quando existem meios próprios e autônomos para cobrança de eventuais tributos”.
No Brasil, ninguém é obrigado a se filiar a sindicato, mas é obrigado a dar um dia de salário, por ano, para a União, que o repassa aos sindicatos. Não é por nada que, desde que criada a contribuição, multiplicaram-se, como mofo após a chuva, os sindicatos. Os taxistas têm dois sindicatos em Porto Alegre, que não fazem valer a lei municipal de acionar a bandeira 2, quando a gasolina acumula aumento de 17%.
Porto Alegre tem 3.914 táxis.
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