O embuste reiterado
Em mais um caso estrondoso de sua figuração ilusionista, tolerada e aos quatro ventos divulgada pela imprensa diária (em cujas redações pululam simpatizantes seus), veio o senhor Silva a dizer, ontem (26/12),
"acho que o papel do presidente não é fazer com que a disputa política tome conta do dia-a-dia administrativo do país, tome conta do desenvolvimento do país".
Ora bolas e carambolas, como diria Roberto Campos, a frase é, na sua primeira parte, a negação do que Silva faz desde que assumiu o cargo máximo. Ele, o tempo todo, alimenta a disputa política, em especial com frases inverídicas, que sugerem que a história do Brasil começou com seu (des)governo, sinalizada na expressão "nunca antes na história do Brasil", preferida dele, proferida por ele, em tantas considerações sobre suas realizações, que não passam de imitação grosseira do governo que lhe antecedeu, o qual foi atingido por crises financeiras internacionais, o que Silva não enfrenta, pois colhe os louros de governar (governar?) em um momento ímpar da história econômica mundial.
Já quanto à segunda parte da frase citada, ele apenas confirma o que já se sabe de políticos da índole coletivista como a dele. Revela megalomania, ao supor que um homem pode tomar conta do desenvolvimento de um país. Ora, o melhor que pode fazer é não atrapalhar a vida das pessoas, o que, aliás, fez, ao elevar a carga tributária; ao perdoar dívidas de países, sem autorização, ferindo a probidade, gastando dinheiro que não é seu - para ficar em dois exemplos.
E o que dizem os jornalistas de ZH dos desatinos lógico-lingüísticos do presidente?
Silenciam, como silenciam os intelectuais que apoiaram o PT e, logo, o descalabro da maior corrupção da história deste país. A colunista de política de ZH nada disse sobre a debilidade lógica da fala presidencial. Centrou fogo em uma pesquisa sobre o desempenho do governador do RS.
Sic transit gloria mundis.
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