Nazismo arrependido?
Veja-se o ponto a que chegamos. Como já disse o Diogo Mainardi: o petismo no Brasil tem 70 anos. Eu quero destruir o petismo. [Acrescente-se que ele começou com o ditador Getúlio Vargas.]
O que é isso então? Ora, é o intervencionismo, o estatismo, a prerrogativa de o governo roubar o que pertence a quem trabalha, para praticar "preços razoáveis", como gostam de estipular os burocratas estatais, integrantes da ditadura civil sob a qual vivemos, composta que é por eleitos e concursados. Futuro próspero só para eles. Para o país, não há.
Na Zero Hora de hoje (06/01/2006), o confisco ainda não mereceu o destaque que deveria ter, desde a edição de ontem, dada a gravidade do anúncio e o abuso ditatorial no qual a medida implica. O Correio do Povo de hoje informa que o governo recuou do confisco: "Confisco do álcool é descartado" está na capa, mas não estava ontem, na mesma capa, onde foi dada como manchete maior o controle de preços dos combustíveis. Ou seja, o CP publicou a continuação sem apresentar o primeiro capítulo do abuso. O confisco foi ignorado pelo jornal. Passou em branco, talvez, porque os jornalistas brasileiros já não sentem mais nada quando um obscuro burocrata ameaça tão acintosamente a propriedade privada. Ou porque esses mesmo jornalistas no fundo também são simpáticos ao nazismo e repelem a idéia da propriedade privada não condicionada.
Quem sabe condiciona-se a deles, para verem como é bom.
Já o Jornal do Comércio de hoje (06 01 2006) estampou na capa, porém com destaque menor: "Governo recua e descarta idéia de confiscar álcool". Mas a capa do JC de ontem também ignorava o confisco. Ou os jornalistas já estão calejados com os abusos de poder neste país, ou concordam com a idéia de confisco, subconscientemente, repete-se, face à repetição.
Mas o fato de o governo cogitar, por um funcionariozinho de ministério não afeito aos combustíveis (Agricultura), confiscar a propriedade privada e, ohhhh, magnânimo, um dia depois, refugar a idéia, apenas prova o quê ele pode fazer - confiscar a propriedade privada - e que o país é nazista, sim, e que não há propriedade privada, senão, condicionada, o que é o mesmo que não haver...
Há muito o que se fazer para nós fazermos deste país uma terra próspera. Começaria por tirar do governo o poder de intervir na economia, em todas as suas relações, exceto para zelar pelos contratos livremente assinados, quando uma das partes o ferisse.
Mas isso tiraria o poder de parlamentares voluntarioros, candidatos mentirosos à presidência et caterva.
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