XVIII Fórum da Liberdade - Maio 2005
O governador do Estado, Germano Rigotto (PMDB), poderia ter saído do Fórum da Liberdade sem este ônus à sua inteligência. Ele reclamou do dólar barato, que irá, em poucos meses, comprometer os exportadores, em especial os do RS; o estado ocupa o segundo lugar em exportações no país.
Rigotto ignorou, na sua reclamação, duas coisas. Uma, uma lei econômica: o que existe em maior abundância, torna-se mais barato. Quanto mais se exporta, mais dólares entram no país; e mais barato o dólar fica, por existir em maior quantidade. A outra, que é o governo o fator de encarecimento do preço final das mercadorias, onerando as empresas com enorme carga tribu-tára, mesmo que não paguem um imposto só de exportação.
Regulamentar o trabalho infantil
O professor australiano Suri Ratnapala fez a ousada proposta de regulamentar o trabalho infantil, pois as crianças “ajudam as famílias. Não é certo explorar, mas também não é isso que ocorre na maior parte dos casos”. Para ele, a regulamentação do trabalho infantil pode colaborar com o desenvolvimento do conhecimento e citou seu próprio caso: “Sempre conciliei trabalho e estudo”. Se ele teve tempo para percorrer as ruas de Porto Alegre, observou que, aqui, centenas, talvez milhares de crianças ajudam os pais, catando recicláveis. Se não o fizerem, passam fome. Ele também apontou que a proteção dos postos de trabalho, via leis e governos, tem um custo econômico muito alto e que são “evidentes” os benefícios de mercados de trabalho livres, necessários, pois o mundo está sempre em mudança.
Proteger minorias não resolve
A filósofa norte-americana Amy Peikoff, no painel Minorias e Excluídos, atacou as políticas estatais de igualdade social. “Não cabe ao governo eliminar o racismo. As mudanças não vão ocorrer por meio da criação de um sistema de cotas, que só vão manter a idéia atual de que existem pessoas incapazes por causa de raça ou sexo.” Para ela, a política de inclusão nos EUA, para pagar a dívida da escravidão está errada. “Não é justo que as pessoas paguem hoje pelos erros de seus antepassados. Ninguém é preso por crimes que seus avôs cometeram.” No Brasil, metade do povo descende de ex-escravos.
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