sexta-feira, setembro 30, 2005

Artigo especial

Ingredientes do Sucesso

Rodrigo Constantino

"In an advancing society, any restriction on liberty reduces the number of things tried and so reduces the rate of progress." (H. B. Phillips)

Finalizando uma seqüência de artigos sobre os denominadores comuns dos países bem sucedidos, trago o resultado neste último artigo da série. Como cada país tem sua particularidade, sua cultura, história, recursos, fica complicado fazer uma análise muito detalhada de cada um deles. Mas podemos, e devemos, buscar os itens de interseção, presentes em todos eles. Foi o que tentei fazer.

Antes, era necessário filtrar quais países estavam presentes no topo da lista dos principais indicadores. Utilizei o Índice de Gini, que mede a desigualdade e concentração de renda, o direito à propriedade e a liberdade econômica, ambos do The Heritage Foundation, a renda per capita, medida pelo CIA World Fact Book, e o Índice de Desenvolvimento Humano. Selecionei os 20 melhores de cada um deles. Poderia ter usado outros, como a competitividade das empresas ou expectativa de vida, mas os nomes da interseção eram praticamente os mesmos. Os casos de sucesso realmente aparecem em quase todos os indicadores importantes.

Eis os países presentes em todos os indicadores analisados: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Luxemburgo, Holanda, Suécia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos. Seriam os verdadeiros campeões, com elevada riqueza, boa distribuição da renda, liberdade econômica, direito de propriedade e bons indicadores sociais. Com suas diferenças, mas todos como potenciais símbolos, exemplos a serem seguidos.

Alguns bateram na trave, faltando um ou outro indicador para mostrar presença total. São eles: Islândia e Nova Zelândia, que só não estão entre os de maior renda per capita; Cingapura e Hong Kong, que não comparecem no topo da lista de Gini e IDH; Noruega, que não está em direito à propriedade e liberdade econômica (faz sentido, pois muito de sua riqueza vem do petróleo); Japão, que não está em direito de propriedade e liberdade econômica, apesar das eleições recentes terem apontado claramente na direção de maior liberdade, com o povo desejando a privatização da empresa estatal de correio.

Sendo um pouco mais complacente, eis então a lista dos melhores países do mundo, em termos de riqueza, liberdade e bons indicadores sociais: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Luxemburgo, Holanda, Suécia, Suíça, Reino Unido, Estados Unidos, Islândia, Cingapura, Noruega, Hong Kong, Japão e Nova Zelândia.

Seriam, portanto, os melhores países do mundo. Cada um com suas peculiaridades. Mas, e o mais importante, com uns poucos denominadores comuns. São eles: capitalismo com economia de mercado; império da lei e razoável liberdade econômica; relativa abertura comercial; e boa educação. Eis os ingredientes necessários para o sucesso!!!