A ditadura civil vive

Quem lê jornal ou ouve telejornal sabe que Luís "queres conhecer Inácio coloca-o num palácio" da Silva, presidente eleito do Brasil, liberou até R$ 1 bilhão em emendas parlamentares ao orçamento, para garantir a vitória, na eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, do retrógrado comunista Aldo Rebelo (aquele que redigiu PL para impedir o uso de estrangeirismos no Brasil - ditador da língua), o candidato do governo. O fato, primeiro, mostra que o PT não prestigia os seus - até aí, tudo bem, é coisa de comunista isso de ficar prestigiando/desprestigiando os tais de companheiros.

O fato de Inácio utilizar R$ 1 bilhão do povo, para, supostamente, beneficiar o povo, para dominar a Câmara dos Deputados é mais uma mostra clara, e serve a demonstrações inequívocas, de que não vivemos em uma democracia, sequer em uma República. Estamos submetidos a uma ditadura civil, a da classe política (eleitos e concursados), vivemos em uma depravada república estatista, deficitária, ineficiente, arrogante (no mau sentido), que tolhe o caminho da prosperidade. Nela, só prosperam os candidatos e os concursados, às custas da fome e da morte cotidiana do povo.

Zero Hora, de Porto Alegre, 28/09/2005, manchete de capa: Lula entra em campo para eleger Aldo na Câmara

Zero Hora, de 29/09/2005, manchete de capa: Baixo clero adere e Planalto recupera o controle da Câmara

Parece que o governo não é o Lula, na manchete da vitória. Diversionismo.

A eleição foi mais um fato a desfazer a ilusão democrática, para quem não conhecia de fato Inácio e os seus e ainda consegue entender um pouco o que acontece.

Rosane de Oliveira, a colunista simpática ao PT e à esquerda, de Zero Hora ficou, como gosta, em cima do muro. De tanto querer agradar a todos, esqueceu-se do jornalismo. Ela escreveu, sobre a vitória espúria e corrupta de Rebelo, na sua coluna de 29/09/2005, que

"Apesar dos métodos escusos usados pelo governo, com a promessa de cargos e de liberação de emendas, o resultado da eleição foi bom para o país e para o parlamento."

Será que ela é algum tipo de doente mental que, na mesma frase, diz que a eleição foi obtida graças a métodos escusos e que isso é bom para o país?

Ou seja, que usar de métodos escusos é bom para o país. Que a imoralidade é boa para todos, enfim, ela propôs. Ela se dá conta do que disse ou, de tanto dar ouvidos aos petistas e seus satélites perdeu o sentido e a refrência (significado dos termos)?

Ou será que ela, no seu petismo latente e óbvio a quem é inteligente (qualquer um), precisa se convencer de que os atos e fatos do governo Inácio são justificados? - são bons, são sadios, estão dentro da boa prática republicana - mais uma palavra seqüestrada pela ralé intelectual petista.

Ela elogiou Rebelo, classificando-o como "equilibrado, culto e de fino trato". Só se esses termos servem, agora, para definir um homem que queria proibir o uso de termos não portugueses em jornais, revistas, publicidade comercial, rádio, televisão, ou seja, um homem que tinha como projeto de lei seqüestrar a liberdade de as pessoas se comunicarem. Um homem culto não despreza outros idiomas. Aldo é um ditador, é óbvio, pois é um comunista. E la Oliveira gosta.

A própria palavra televisão teria de ser abolida, pois 'tele' é grego ' 'visão" derivado do latim. Tecnicamente, o latim não é a vernácula, logo, ...

Haja paciência. Leia-se Zero Hora, para saber como não se faz jornalismo. Para saber como a infiltração coletivista já adoeceu a mente dos "periodistas". Para saber como o auto-seqüestro mental é tão forte que gente como ela nem sequer aceita que escreveu uma debilidade mental, passando, certamente, a se justificar em circunlóquios, apelando para as limitações da profissão.

[Este conteúdo foi publicado somente no blog, não está na versão on paper do Folha do Porto.]