sexta-feira, setembro 30, 2005

Excesso de democracia??

Inácio elogia Chavez desafiando os fatos, à mostra de quem quiser ver
Na quinta-feira, 29092005, Luís "queres conhecer o Inácio coloca-o num palácio" da Silva, presidente eleito do Brasil, reuniu-se, festivamente, com Hugo Chavez, presidente da Venezuela, no lançamento de mais uma refinaria, agora da Petrobras com a PDVSA - a união do ruim com o perverso. Foi em Pernambuco.
A palavras tantas, Inácio derramou-se em elogios a seu colega Chavez. Disse, e o Jornal Nacional publicou, que na Venezuela há "excesso de democracia", pois Chavez submeteu-se até a um referendo e o povo o manteve no poder.
Quem é leitor de Olavo de Carvalho, Ipojuca Pontes, Nivaldo Cordeiro, Ubiratan Iorio e tantos outros luminares, sabe que o elogio foi loa à ditadura.
Chavez tornou o legislativo e o judiciário maronetes do executivo. Chavez passou lei que pune rigorosamente o jornalista que fizer críticas ao governo, em especial, à sua pessoa.
É este ditador, é este populista demagogo, é este homem que administra uma país rico em óleo, ao mesmo tempo em que mantém o povo, em maior parte, na pobreza, é este homem que Inácio admira. E não é para menos, pois o "sapo barbudo" na definição de outro depravado (Leonel Brizola), não passa de mais um aprendiz de ditador, que tentou amordaçar o MP, a imprensa e a classe artística (puxas-saco que o elegeram, aliás). Que comprou a eleição de um homem seu para a presidência da Câmara dos Deputados, com R$ 1 bilhão dos contribuintes, mais um motivo claro e inequívoco para o impedimento, para o apearmos do poder.
Mas a nossa classe política está toda ela unida, mesmo que desunida, em fazer escravos da população não política partidária.
O Brasil não é república federativa, o Brasil não é democracia. O Brasil é uma ditadura civil da classe política, em maioria esmagadora estatista (coletivista) - do centro à extrema esquerda.
E os ditadores são os eleitos e os concursados (estes, muitas vezes inocentes úteis).
Assim, futuro não há, exceto a contínua degradação da tal de nação.
Bertrand Kolecza
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