quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Cuidado com a lis-toxine

Há uma forte toxina contaminando os brasileiros de alta estirpe, eu falo do topo da cadeia alimentar. Falo de deputados, grandes empresários, ...

Que ela venha contaminando a classe inculta da intelectualidade - os jornalistas - já não é novidade, desde o final de os 1970.

Trata-se da lis-toxine, ou, toxina-lis, originária do molusco cefalópode, autodenominado metamorfose ambulante, pois segue a máxima da canção de Raul Seixas: "vou dizer, agora, o oposto do que disse antes".

Um grande exemplo de contaminação pela lis-toxine, que se dá pelo ar, em especial pelo uso do idioma vernáculo, é o grande industrial do aço.

Dias atrás, após diversas audiências com o molusco, saiu por aí dizendo que a falta de crescimento do país é responsabilidade de os empresários. Mais. Que tal ausência é como um genocídio.

Viu no que dá conversar demais com o cefalópode. A toxina que ele libera atordoa mesmo as mais argutas mentes.

Não é preciso discorrer que empresário nenhum, mesmo o herói pátrio do aço, pode evitar o genocídio, como ele quis definir, investindo em um ambiente adverso, de carga tributária elevadíssima, previdência inviável, juros escorchantes, excesso de leis, falta de serviços básicos, pelos quais se paga várias vezes (vide estradas) e regras impeditivas à livre iniciativa. Que, de livre, só tem o nome.

É, a lis-toxine anda a todo vapor.

Mas, talvez, no caso em tela, a intoxicação só tenha fortalecido uma contaminação anterior, de origem ainda desconhecida.

Afinal, no meio político da leal e valorosa, chama a atenção que ele tenha doado, em 2004, R$ 150 mil à campanha do candidato comunista, que foi vitorioso. E R$ 100 mil ao do PFL, que ainda tem um pouco de vergonha na cara para não defender teses nacionais-socialistas.

A culpa pela miséria, enfim, não é de um governo em permanente crise fiscal. É vossa, que trabalhais, estudais, cumpris compromissos.

Cuidado, a lix-toxine é altamente contagiosa.

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