Políticos abrem os debates no Fórum
Maia apontou, em 15 teses, a precariedade do trabalho no Brasil, cujas causas estão, segundo ele, em três inseguranças: política (“natureza autoritária do governo federal”), jurídica (“o governo não obedece sentenças judiciais”), econômica (“altíssima carga tributária e legislação trabalhista rígida, para uma realidade altamente flexível, que é a do mercado de trabalho”).
Mas Maia, uma vez comunista, não perdeu o cacoete intervencio-nista. Ao final, propôs que o governo deve agir para “corrigir os desvios de mercado”. Ele ignora, ou finge ignorar, extensa literatura mundial, provando que a intervenção estatal na economia gera ainda mais desvios no mercado.
Roberto Freire atacou o “neo-liberalismo”, que ele pensa ter existido nos últimos 20 anos na América Latina. O velho comunista não percebeu que o Estado inchou, o que é o contrário da receita que ele pensa existir na realidade. E foi veementemente contrário à flexibilização do mercado. Para ele, “é conto” pensar que ampliará o número de postos de trabalho. Talvez não enxergue, de seu luxuoso gabinete, que o trabalho informal alcança o formal.
Ricardo Murphy afirmou que, para aumentar o emprego, é preciso “o investimento de capital físico em capital humano”. Defendeu, também, o aumento da poupança nacional, com clima institucional apropriado e educação de qualidade. “Déficit fiscal é bônus e com bônus não se cresce; cresce-se com máquinas”, apontou o argentino. A chave, insistiu, é o investimento. A China investe 50% do PIB, criando empregos de forma extraordinária. Já o Brasil, só investe 20%.
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