segunda-feira, outubro 11, 2004

Metralhadora Giratória

Metralhadora Giratória
Folha do Porto Edição de Setembro de 2004
Redator Editor Bertrand Kolecza

Improbidade administrativa, causa para impeachment
O presidente foi a um país da África, governado por um ditador, há 37 anos. Disse que queria aprender como fazer isso. Já começou.
Pior. O homem feriu a probidade administrativa, pois perdoou dívida de 37 milhões de dólares, daquele país, dinheiro que ele deve aos brasileiros. Perdoou mais 315 milhões de dólares devidos por Moçambique, outra ditadura. O presidente não é dono do dinheiro, que pertence ao povo brasileiro. Dispor, como governante, do dinheiro de todos, para um ato desses, é apropriação indébita de recursos, é crime de improbidade administrativa, e de concussão, razão necessária e suficiente para iniciar e concluir, exitosamente, um processo de impeachment, deposição do eleito, que, por sinal, mentiu, na campanha, para se eleger.
Mas, há alguma esperança de o príncipe da ralé ser deposto? Com um congresso submisso, covarde e comprado como o que há?

A classe política está fora de controle
Candidatos prometem fundos e mundos para se elegerem. Especialmente à presidência da nação. Eleitos, não cumprem o que prometeram. E nada acontece. Deveria a lei eleitoral estabelecer uma cláusula para tanto. Mas os políticos não redigiriam leis que os encarcerariam.

Multa ilegal proposta
Os jornais de domingo, dia 26/09, trouxeram a notícia de que a receita federal vai perseguir os que negociam com imóveis e que estão supostamente sonegando imposto de renda. Começa que tinha de se acabar com o imposto de renda.
Mas isso não é nada. Sem sequer ficarem vermelhos de vergonha, por anunciarem o ilícito estatal, os titulares do governo falaram em multas de 75% a 150% do devido, se os supostos sonegadores forem pegos na tal malha fina. Multas naqueles percentuais constituem confisco e violam a Constituição, qualquer estudante de direito sabe. Menos os canibais do PTTT!!

Eles, de novo, não!!
Daqui a uns dias tem eleição. Você vai votar em um partido que, no poder desde 1989, invadiu empresas de ônibus, gerando uma conta de R$ 36 milhões que todos pagam? Que comprou incinerador de lixo, sem poder usar, que apodrece desde então? Cujo candidato prometeu ficar quatro anos, mentiu, fugiu da prefeitura, além de pegar R$ 150 mil ilegais para a campanha, perdoado por uma promotora tendenciosa? Vai votar em quem apóia e é apoiado por invasores de terras? Está bom assim? Ou você quer mais?

Depravação - Todo o brasileiro, a princípio, é um escravagista em potencial, esperando a oportunidade para sacrificar a vida de outro brasileiro em seu nome? Começa com o governo. Termina na vida privada?

Senhores e escravos na República
Números oficiais do governo federal mostram quem é escravo e quem é senhor de escravo na República. Em sete meses de 2004, o governo tem um déficit de R$ 14 bilhões e 836 milhões, para pagar aposentadorias e pensões. Significa que o dinheiro de quem trabalha está sendo retirado de seu bolso, para sustentar quem está parado. Será isso justo?
Segundo informou, a 26/08/04, o secretário de Previdência Social, do ministério da Previdência, Helmut Schwarzer, a União tem 930.320 funcionários ativos e 956.540 inativos. Como a contribuição dos ativos não paga, de longe, a conta dos inativos, o governo pega dinheiro em bancos, encarecendo seu preço, gerando recessão, desemprego e miséria.

A Varig e o governo que traz pobreza
No Brasil, o Estado é a origem e a causa de a pobreza da nação. A Varig tem a receber R$ 2,2 bilhões do governo federal, ação na Justiça, decorrentes do déficit gerado pelo congelamento de tarifas. A dívida total da Varig vai a R$ 6 bilhões, mais da metade é Receita Federal, INSS e estatais, dívida que começou com o congelamento. O governo pode se apoderar da empresa. Não quer fazer encontro de contas. Os burocratas estatais deveriam ser presos por destruir a Varig!! Cadeia já!!

Revelada fórmula da ética na política
É proibido a autoridades públicas pedir votos, para candidatos da situação, em inaugurações de obras públicas, durante a campanha eleitoral. Foi o que LIS fez em São Paulo. É o suficiente para cassar a candidatura de Martha Suplicy. Na internet, a secretaria da presidência suprimiu a parte ilegal do discurso. A imprensa em geral chiou. O governo voltou atrás. O presidente, dia 23, pediu desculpas pelo ilícito. Está re-velada a fórmula da ética na política da “metamorfose ambulante”, como se autodefiniu o presidente. A fórmula é: O PT pode tudo, contra todos, inclusive a lei; já os demais, devem respeitá-la. Ganhar assim é fácil!

Lei fiscal destrói empregos e renda
Oficinas mecânicas não podem ser enquadradas no Simples. Saem dos 3% e vão para os 17% em tributos. O governo federal não só as desenquadrou, como está cobrando tributos retroativos. Quem estava em dia foi transformado em devedor pelo canetaço de um burocrata, um canibal, um genocida! As oficinas, segundo sonham os sinistros senhores de escravos, devem ter um engenheiro como responsável técnico. E, por isso, não podem ser enquadradas no Simples. As demissões já começaram. Tudo graças a quem causa pobreza - o governo, o Estado.

Apontamentos para a reforma política
Todos os candidatos beneficiam-se do fato de disputarem os votos de seus escravos, os eleitores. Escravos, sim!! Viveríamos em uma sociedade livre, dita democrática, de iguais, se o voto fosse facultativo. Lorenzoni, Albuquerque e Mendes, deputados federais e Fogaça, ex-senador, nada fizeram para tornar o voto livre. São senhores de escravos como os demais.