quarta-feira, junho 29, 2005

Desarmamento sofre nova derrota

Entreguei minhas armas no 21° Batalhão da Restinga, no dia 09 de dezembro de 2004, com a promessa de ressarcimento entre 30 e 40 dias. Até os dias atuais, não vi a cor do dinheiro e nada previsto de quando virá. Quanto tempo persistirá esse jogo de em-purra? Arrependo-me de ter aderido a essa bobagem.
João Alécio Pacheco
Porto Alegre, in Cartas do Leitor, Correio do Povo, 1°/06/2005.
Quando todas as armas forem propriedade do governo, este decidirá de quem serão as outras propriedades.
Benjamin Franklin
Mais uma enquete
Em mais uma enquete pelas ruas do bairro Menino Deus, sobre o Es-tatuto do Desarmamento, sobre a proibição total da venda de armas de fogo, no Brasil, foram ouvidas, no comércio da rua José de Alencar, 38 pessoas, ao longo de uma caminhada de uma hora e meia. Dessas, 30 são contra o desarmamento, ou a favor do comércio de armas; 06 são a favor do desarmamento, contra o comércio de armas; e, duas, sem opinião.
Foram ouvidas 15 mulheres e 23 homens, em idades dos 18 aos 70 anos. Das 15 mulheres, 10 são contra o desarmamento, três a favor e duas sem opinião. Dos homens, 18 são contra o desarmamento; e cinco a favor.
Cumpre notar que as pessoas a favor do desarmamento são contra as armas, absolutamente, para todos, mas reconhecem, muitas delas, que os bandidos continuarão armados; e as pessoas de bem, não.
Isso aponta para a complexidade do assunto. Entre os que estão contra o desarmamento, muitos disseram que o ideal seria só a polícia ter armas, mas, como os bandidos continuarão armados, e sempre e-xistirão bandidos, não deve ser cassado o direito à defesa.
Foi observado, durante a en-quete, que a mera pergunta "você é a favor ou contra o desarmamento" é uma pergunta perigosa, pois envolve uma expressão negativa (desarmar), sob as cláusulas "a favor" e "contra", o que confunde.
Está sendo preparado um referendo popular à proibição absoluta da venda de armas de fogo no Brasil. Será em outubro e custará, ao povo, R$ 600 milhões. A posse de armas de fogo permanece autorizada a juízes, promotores, deputados, senadores, policiais, ... a burocracia estatal,enfim.
Estatística
Reportagem de Zero Hora, de 29/05, mostra que caíram 20% os assassinatos no RS, de 15,3/100 mil pessoas, em 2002, para 12,63/100 mil pessoas em 2004. Logo, os especia-listas se apressaram em atribuir ao desarmamento a taxa. Mas, no terceiro parágrafo, está escrito que, há três anos, no país, a média de homicídios está estabilizada em 23 assassinatos por 100 mil habitantes. Isto é, nada mudou. A aposta no desarmamento oculta o quê?
As duas enquetes
Na edição de maio de 2005, foram ouvidas 62 pessoas no comércio da Getúlio Vargas. Dessas, 53 se manifestaram contra o desarmamento; oito votaram a favor; e, uma, indecisa. Se forem somadas as duas enquetes, são 100 pessoas; delas, 83 contra o desarmamento, 14 a favor dele; e três indecisas.