Magistério pára e Rigotto paga
Parados e pagos
Mas, neste rolo da greve do magistério, iniciada no primeiro dia de aula (02/03), há mais um fato que chama a atenção. O magistério parou e o governador Germano Rigotto pagou, mesmo sem professor em aula. A assessoria de imprensa da SE confirma que os salários dos parados não foram cortados.
Quer fazer greve faz, mas, daí a receber sem trabalhar ... o povo paga tudo. Ele é rico e próspero.
Reivindicação salarial
O magistério pede 28% por perdas acumuladas desde 2003 e mais 8,69%, índice idêntico ao reajuste dado em 2005 para o Judiciário, totalizando 36,69%. O pedido representa um aumento mensal de R$ 78 milhões, 134 mil e 113 com 16 centavos para o povo todo pagar. Ou a bagatela de R$ 937 milhões, 609 mil e 357, com 92 centavos ao ano. É óbvio que tal dinheiro não existe.
O Estado tem 92 mil matrículas de professores e 21 mil funcionários de escolas (cujo salário não está na conta acima), para 1 milhão e 450 mil alunos, informa a SE.
Segundo esta secretaria, a paralisão não passa dos 20%. Seria o caso de os diretores, cargos de confiança que são, informarem quem está parado, para serem descontados. Mas isso dá um trabalho ...
Fonte de receita
Os representantes do magistério cobram do governo que cobre as dívidas em ICMS, que vão a R$ 12 bilhões e lá vai pedrada. Muita dívida está sub judice. Boa parte é de empresas extintas, falidas. Mesmo se cobrasse tudo, não haveria em caixa nem para um ano, pois o orçamento vai a R$ 19 bilhões e pouco.
Em tempo: O governo ofereceu 8,57% ao magistério e, aos demais servidores do Executivo, 8,03% divididos em quatro vezes. Não há dinheiro em caixa, é óbvio. O aumento, segundo o secretário de Educação, o trabalhista José Fortunatti (ex-PT, atual PDT) era um "chute", isto é, o governo está aumentado a despesa sem ter noção de se pode pagar ou não.
Em mais uma assembléia geral, no ginásio de esportes Gigantinho (do Sport Clube Interancional em Porto Alegre), representando, obviamente, os 20% em greve, recusou-se a proposta (ontem 03/04/2006). Na mesma tarde em que o governador assinou a lei autorizando o aumento.
Ou seja, ganham parados e ganham aumento, permanecendo parados.
O Brasil é um paraíso mesmo, não??
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