Ignorância Econômica
Rigotto, como os agricultores e industriais, querem que o governo mexa no câmbio, que flutua, como deve flutuar o preço de qualquer mercadoria. O dinheiro é uma mercadoria. Exceto o ouro, ele é, sem dúvida, a arquimercadoria.
Poucos gostam, ao menos publicamente, de intervenção estatal na economia. Ao menos, publicamente. Mas, quando aperta, a situação fica crítica, apelam de imediato ao socorro do povo, via governo. Só o povo (seja lá o que significa este termo) não é socorrido. Todos reclamam do Custo Brasil (o valor final gerado pelo governo, via tributos e leis trabalhistas). Mas, quando não conseguem trabalhar, apelam ao maldito (o governo).
Ocorre, aqui, um caso claro de ignorância econômica; ou malandragem. Não há terceira hipótese, tudo indica.
O Brasil almeja, há vários governos, a meta dos 100 bilhões de dólares em exportações. Quase alcançou este número aos tempos de FHC. O número veio a ser atingido durante o governo do príncipe dos trabalhadores. E, aí mesmo, esta o furo da bala, para entender porque o Real está valorizado e poder afirmar a ignorância econômica - ou a malandragem.
É simples. Quanto mais um país exporta, mais a moeda deste país se valoriza e, conseqüentemente, mais difícil se torna exportar, pela valorização, no preço final, da mercadoria produzida. Vale para o soja, para o calçado, para o automóvel, para a carne, para ...
Qual a solução? Simples, também. Aumentar a produtividade, reduzir o custo, na estrutura de produção, quanto mais for exportado. Ou seja, quanto mais se vende, mais barato ir-se-á vender, em especial no caso do comércio internacional, onde agem diferentes mercadorias-dinheiro.
Chorar ao pai de todos, o governo, para que ele injete recursos em setores produtivos, para que ele mexa no câmbio é alimentar o monstro que suga toda a sociedade: a sanguessuga classe política, enroladora e inepta para gerar riquezas, só extorquí-las e extinguí-las no altar do altruismo coletivista estatizante.
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