domingo, junho 04, 2006

Metralhadora Giratória - Maio 2006




A foto que leva bala nesta edição ...

Calçada onde havia posto de gasolina, virou estacionamento. Trânsito sempre dá boa foto de violação cotidiana do respeito mútuo, uma característica que, também, define uma parte do povo desta terra. É cada vez mais comum motoristas estacionarem sobre a calçada, no final da avenida Getúlio Vargas, quase José de Alencar, um dos cruzamentos mais movimentados de Porto Alegre. Um ato de supremo desrespeito pelos que caminham

A prática cotidiana da incoerência - e incansável
O título acima, até o hífen, poderia ser o nome de um livro (alô, aos que têm tempo), reunindo as marchas e contra-marchas da presidência. No affair andino, de um páis cuja dívida foi perdoada ilegalmente, a estatal do óleo disse, e ele desdisse, e a estatal do óleo redisse (redisse?). Mas o governo não tem ingerência sobre ela, que deve agir de acordo com os ditames da economia de mercado, que no país não há. Legal, não?? Com um pouco de sorte ele aparece como salvador da pátria, mandando, sem poder mandar, a estatal absorver o aumento de 45% que os índios andinos querem. Sem falar que a rica empresa paga por gás que não recebe e não vende ao consumidor final. Contrato à socialismo-fh dá nisso.

O presidente não manda na estatal
FH abriu o mercado do petróleo no país. Mas manteve a propriedade do Estado (jamais do povo, só da burocracia e dos eleitos) sobre o subsolo, uma fórmula para a pobreza. A estatal do óleo foi para a bolsa de valores de Nova York. Hoje, o governo detém 36% de suas ações. Ao completar a suposta auto-suficiência em petra oleum, completou, também, a autodependência no gás boliviano (75% das necessidades pátrias). Haja.


Depravação vence

Deputado federal de um partido supostamente conservador, na lista do partidoduto, ele que recebeu R$ 3 milhões, foi absolvido pelos colegas em plenário. O povo já é burro, votando, fica mais?? A estrutura estatal virou uma ditadura total.

Chega de discussão

"Na discussão sobre o uso de celulares por presidiário", ouve-se na TV. Discussão? Presidiário não tem de poder usar celular, ora! Mas, afinal, quem manda no país são os delinqüentes, dentro e fora do governo, ou seja, quem rouba pouco e quem rouba muito. Futuro não hã.

Desigualdade total

Os políticos, de M a U, votam leis que intervêm na vida individual, violando seu trabalho e propriedade, excessivamente. E não podem ser classificados pelo que são, pois é crime a crítica "excessiva".

A guerra vem aí

Chavez da Venezuela quer um exército de 1,5 milhão de homens. Ele segue Fidel Castro. Os ditadores avançam. E o Brasil? Sucumbirá?

Investimento, é?

A estatal do óleo fala, na TV, em investir R$ 20 bilhões até 2010. Pagará o povo, na bomba do posto.

Estranho país em que eles vivem

Governantes erram com gravidade. Indivíduos entram na Justiça e vencem a ditadura estatal. Mas os gestores da verba de todos não pagam. Só o RS deve R$ 2,9 bilhões em precatórios. Ninguém é preso. Há décadas. E são considerados legais e legítimos representantes da sociedade. Enquanto isso, uma atividade considerada contravenção, o jogo do bicho, honra os clientes com o devido. Se não paga, dança. Já os estatais ...

A lei deve passar por alterações

Quando o governo é condenado a pagar alguma coisa, quem paga, ao fim e ao cabo, é o povo todo. Isso está errado. Quem deve pagar deve ser o gestor público (eleito ou concursado), pois o povo os paga para eles fazerem o seu trabalho. Quando não fazem, o povo paga, de novo. O nome disso é ditadura civil, de eleitos e concursados. O país tem de rumar para o tratamento igual (isonomia, a mesma norma a todos), que não há. Mas eles legislam em causa própria. O povo aceita? Não. Rebela-se, ao agir na informalidade, oculta renda e a protege do (con)fisco.

Já faz quase um ano e nada ocorreu

Ele disse claramente, com todos os fonemas, que seu partido cometeu crime eleitoral para chegar à presidência. Justificou-o com todos fazem isso. Pode ser, mas ele é réu confesso. E os advogados? Nada. E a oposição partidária? Nada. E o povo todo (rico, pobre, classe média) o que fez? Nada. Será o delito o cimento que une a sociedade?

O coronel, o índio e o líder sindical

Hugo Chavez, militar presidente da Venezuela, onde implantou uma ditadura, com o apoio do líder sindical brasileiro, fez da Bolívia seu satélite. Botou na cabeça do índio presidente e este violou propriedade brasileira. E aviolação seguirá contra os agricultores. A imprensa não publica, mas as forças armadas estão atentas e se preparando para um futuro conflito.

Os políticos perderam o trem da história

No RS, estado falido e inviável (só os candidatos não lho dizem), os empresários saíram à frente e montaram a Agenda Estratégica, para propor soluções. Os políticos (deputados estaduais), meses depois, vieram com o Pacto. 'Pacto' é palavra batida, que sempre foi usada por quem propunha conversar e nada modificar. A ver o que os atrasados vão fazer.

Rebelião de presos e eleições

Sempre que há eleições (municipais ou gerais), o crime organizado (melhor do que o governo, aliás) explode rebeliões nas cadeias de SP. Em especial, se o governador é adversário político do neotrabalhismo. O governo bem controla quem trabalha, mas os presos, em ambiente fechado, não!! Nem dá para falar o que é possível pensar disso.

Frase do Mês: "As democracias têm sido, sempre, espetáculos de turbulência e de conflito; encontraram-se sempre incompatíveis com a segurança pessoal ou os direitos de propriedade; e foram tão curtas em suas vidas, quanto violentas em suas mortes.", escreveu James Madison, quarto presidente dos EUA, e um dos redatores da Constituição daquele país, a primeira sociedade fruto do Iluminismo. Hoje, depravada.