Raios & Trovões - Maio de 2006
Raios e trovões! A Fasc, órgão municipal criado para cuidar dos muito pobres e indigentes, tem orçamento anual de R$ 57 milhões, 141 mil e 505 para 2006. A Fasc possui abrigos, para que as pessoas não precisem "dormir na rua" ("morador de rua" é uma contradição nos termos). Mas muitos preferem permanecer nos logradouros. Sem banho, em pleno exercício do direito de feder. Sem alimentação, mendigando.
Certa vez, questionando um deles, que lhe pedia esmola, o redator perguntou o porquê de não se banhar, dormir e se alimentar em um dos muitos abrigos (há um no início da avenida Getúlio Vargas, bairro Menino Deus, área central de Porto Alegre). Respondeu o indigente que, nos abrigos, "tem hora pra tudo", para tomar banho, para comer e para dormir. Assim sendo, quem trabalha e estuda, que tem hora para tudo, fica no exercíco do dever de cheirar e de pagar pela Fasc, enquanto os "assistidos", gozam do pleno direito de feder. Ah, 52% do orçamento da Fasc assiste os funcionários do órgão. Raios!
Reparos
O redator se desculpa se ofendeu um príncipe de metalúrgicos e seu partido, na edição passada, na abertura desta coluna. Nada consta contra ele, nem contra aliados e seguidores. Foi um equívoco ciclópico, aqui reformado, com humildes pedidos de perdão.
Para o pedestre nada
O novo semáforo no cruzamento da avenida Ganzo com a rua Múcio Teixeira trará segurança a quem caminha. Mas, luzes, somente para os carros; ao pedestre, nada. Coisas de Porto Alegre, cuja estatal do trânsito, EPTC, acumula déficit de quase R$ 28 milhões, em oito anos de existência.
Só no nome
Mobilidade urbana, é??
[N.R. aos que não são de Porto Alegre ou, sendo, olvidaram, Mobilidade Urbana é o nome da secretaria municipal de transportes, desde que o poeta senador assumiu a prefeitura.]
Pacto pelo Rio Grande?
Raios! De cada cem matrículas na folha do Estado/governo, 49 estão inativas. Das 51 ativas, saem 11% para as inativas. É óbvio que a conta não fecha. Resultado é um déficit de R$ 100 milhões ao mês. Um terço do orçamento anual (de R$ 19 bilhões em 2006) paga juros de dívida.
E a solução seria ...
Para começar
Cortar pela metade os proventos de ativos e inativos iniciaria a solução. Mas governos não podem demitir, se há déficit, nem reduzir salários, já baixos que são.
Dívida tributária
Vai a R$ 13 bilhões a dívida de empresas com o Estado. Boa parte é contestada judicialmente. Outra, é de firmas falidas. Se pago aquele valor, não aliviaria um ano de orçamento, de R$ 19 bilhões.
Pacto pelo RS?
Os deputados conseguem espaço na imprensa com sua proposta de Pacto pelo RS. O Legislativo propôs que cada poder se responsabilize pela dívida. A classe jurista recusou. Certo é que, à-quele que assumir em 2007, faltará dinheiro e sobrarão dívidas. O RS os burocratas o faliram.
Preso votar?
A Lei de Execuções Penais é generosa com criminosos contra a vida e o patrimônio. Ela é criada e validada por políticos. O Código Penal, idem, ibidem. Os presos têm regalias absurdas, para encarcerados. Agora querem que os presos votem. Bandidos vão eleger seus representantes, é? Já os tem!!??
Bandidos no poder
Nunca antes na história de um país, um governo teve a sua alta cúpula indiciada por formação de quadrilha. Vai ter resultado??
Posição do semáforo
Na avenida Ganzo, fica do outro lado da rua em que os condutores devem parar. Estranho, não?
Protesto injustificado
O protesto dos agricultores, interrompendo estradas e dificultando o abastecimento das cidades, deixa de ser justo e passa a ser um ato de delinqüência, ao melhor estilo dos criminosos do MST, que, mil raios, fez e faz escola.
Será que cola?
A propaganda na TV contra Rigotto, daquele que "fez mais pelos gaúchos". Seu ex-secretário estadual da Fazenda admitiu entregar o Estado a Rigotto com R$ 1,4 bilhão no vermelho. Recebera de Britto com +R$ 1,4 bilhão.
Mil raios e trovões!!!!!
Barbárie geral
Do PCC pela rebelião; da polícia ao matar bandidos; do governador ao negar o nome dos mortos pelo Estado. Do presidente a candidatos, e ex-presidente, fugiram do caos. Parte é deles.
Trata-se de uma guerra
Em SP, os bandidos matam policiais e os da lei reagem, matando bandidos. A guerra ficou explícita. O povo não protestou contra bandidos mortos. Certos diários, sim.
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