domingo, outubro 30, 2005

Raios & Trovões - Outubro de 2005

Chuvas que esgotam a engenharia
Há que se reconhecer, que a nova administração tem um zelo maior do que a predecessora, no que diz respeito à manutenção da rede pluvial da cidade, a cargo de um departamento próprio, criado em 1973, que deveria ter mais verbas, dado o relevo da cidade (morros e várzes) e o modelo estatal. Nos primeiros 20 dias de setembro, choveu em 14 deles. E a cidade escapou dos alagamentos crônicos. Mas, infelizmente, das chuvas de outubro, não se logrou evitá-los.

Na primeira semana do mês, muitos pontos crônicos voltaram a ficar alagados. Entre eles, a avenida Padre Cacique no trecho próximo ao Asylo. Aliás, raios e trovões, aquele trecho foi beneficiado, supostamente, por uma obra de R$ 3,4 milhões, que, quando chove forte, dizem os técnicos, ultrapassa a previsão da engenharia, pois "o maior evento em drenagem ainda está por ocorrer", no linguajar próprio.

Mil raios! O maior evento em drenagem conhecido ocorreu em 1941.
As drenagens da Pe. Cacique e da José de Alencar levam à tal bacia de contenção no parque Marinha do Brasil, que, por inércia, transformou-se, no verão passado, em um criatório gigante de mosquitos.

Correção do publicado
O redator retrata-se do publicado na edição passada e pede desculpas a bigodão e a bigodinho, os primeiros da estrela amarela a governar Porto Alegre, se se sentiram atingidos. Sua administração, probíssima e íntegra, é um marco na história da capital.
Matriz de andarilhos
Por que 19% da população urbana acordam duas horas mais cedo e vão a pé trabalhar? Acerta quem diz: a causa é a estatal do petróleo, que produz em real e cobra em dólar, gerando tarifas elevadas no transporte. Tem, também, o confisco, via impostos. O consumidor final paga a pé.
ISSQN no estacionamento
O problema de maiorias situacionistas é que o governo passa qualquer confisco no parlamento. A partir de janeiro/06 voltará a incidir 5% de ISSQN nos estacionamentos. O consumidor final pagará, mas o da Fazenda acha que não, pois "a margem de lucro do setor é alta", intrometeu-se.
Escravidão ao trabalhismo
Ativos e inativos na folha do Estado teriam de pagar um dia/ano de remuneração para seus sindicatos. Decisão judicial, depois reformada. No Brasil, sindicalizar-se é facultativo. Pagar, obrigatório, como os da privada já fazem.
O direito de ofender
A imprensa deve desfrutar de "um certo direito de ofender", ao defender os interesses do público, na crítica aos atos de governantes, lembrou Tasso Vieira de Faria, em obra de 1955. Ele foi professor na Filosofia / Ufrgs.
Ódio aos mais ricos
Na reta final da propaganda obrigatória em rádio e tv, a frente contra as armas apelou, contra os ricos, fazendo o típico discurso do ódio socialista e nazista. Raios!
Questão mal posta
"O direito de comprar uma arma é só para o rico", dizia a bonitinha, não atriz, na propaganda do sim, à proibição de armas. É assim, porque o governo onera o custo, mil raios! Tinha comunista mentiroso ao teclado do computador, óbvio.
Viva a nova língua cara de pau
Mil raios! Ele disse aos camaradas que eles erraram, mas não são corruptos. O crime é o seu normal.
Na reta final
E, na reta final, para o referendo nojento do comércio de armas, a rede Tefaz de Bobo investiu pesado no falso esclarecimento.
Democracia escravagista
Leis são feitas por alienados do povo. E tem quem queira "participação". Tire-se o poder da burocracia (eleitos e concursados).
O banco estatal
Seu saneamento, assinado por Britto, custa 5% da receita estadual ou R$ 863.885.844,55 em 2005 (R$ 2 milhões, 366 mil, 810 e 53 centavos ao dia). O RS é "dono" de 51%. Lucrou R$ 174 milhões no primeiro semestre. O senhor ou a senhora receberam a sua parte?
Imagine em segurança
O orçamento da Segurança (inclui Detran, presídios, perícias) é de R$ 3 milhões, 20 mil e 451/dia.
Mais escravidão
Está vindo aí o parlamento do mercosul, aos escravos de sempre pagarem mais gordos salários.