27/10 - data do segundo mandato
O mundo se divide entre produtivos e políticos. Entre os produtivos estão aqueles que prestam serviço, mas disputando clientes com a concorrência. Entre os políticos, estão os controladores de tráfego aéreo, pois o serviço é provido unilateralmente pelo Estado, pelo servidor público. Eles não estão sujeitos à concorrência. Eles são pagos pelos impostos de todos, inclusive pelos que não compram passagens aéreas.
A operação-padrão mostra que o governo cobra e oferece se quer, quando bem entende. Dane-se quem paga pelo serviço. O caos na aviação comercial, com enormes prejuízos à vida das pessoas, não trará nenhuma conseqüência aos artífices do caos - os controladores de vôo.
A greve branca, para terem aumento, trouxe mais um paradoxo que delicia o filósofo liberal.
Quando o controle de tráfego aéreo funciona bem, a aviação comercial vai mal. Quando o controle de tráfego aéreo vai mal, a aviação comercial vai bem. A aviação comercial é privada, o controle de tráfego aéreo estatal. Precisa dizer mais?
Houve periódico diário que comparou os salários dos controladores de vôo brasileiros com o salário de seus colegas nos EUA. A diferença é de seis vezes. Assim sendo, os controladores de vôo estão ganhando bem demais, pois os dois países tem um abismo de 12 vezes em riqueza. Não há como um funcionário estatal ganhar, no Brasil, o mesmo que nos EUA. Deveriam receber, aqui, 12 vezes menos do que seus colegas dos EUA. Mas a diferença é de seis vezes.
Mas, bah! Está mais do que bom.
Enquanto isso, o sofrimento, ao povo que paga à força pelo controle aéreo, permanece. E a república sindicalista coletivista, dane-se quem trabalha e paga por ela, floresce.
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