quinta-feira, novembro 02, 2006

Reféns dos sindicatos

É dia 02 de novembro, oremos por aqueles que nos deixaram, há muito ou há pouco.

Mas isso não será possível, in loco, pelos que honram a memória de seus antepassados, ou sucessores, no triste caso de os pais contemplarem a morte de seus filhos.

Não será possível porque a república sindicalista petista começou o segundo mandato no dia 27/10, atormentando a vida de quem lhes sustenta o gordo salário. Gordo, sim, em um país no qual a iniciativa privada não consegue pagar mais do que três mínimos, para dois terços de seus trabalhadores. Gordo, sim, em um país no qual o governo se apropria de 40% da vida produtiva das pessoas e ... pasmem ... divulgou o IBGE, reduz leitos hospitalares em todo o país, justo na era do príncipe dos trabalhadores, cuja cama foi arrumada pelo dos sociólogos. Unidos para depauperar a vida de quem os sustenta.

Os do governo sindicalista falam em chamar aposentados de volta, falam em contratar mais controladores de vôo, falam em rever os salários, mas a única coisa que não fazem é valer a disciplina, a responsabilidade, a probidade, a hierarquia.

E, por falar em hierarquia, os controladores de vôo são civis e militares. Os militares estão em clara violação da hierarquia. Não estão??

O país afundou, definitivamente, na bagunça, na desordem institucional, pois não há comando, só leniência com a omissão. Os únicos que continuam a obrar e a responder por suas obrigações são os não políticos, os produtivos, os que, do lado de cá do balcão estatal, sustentam a farra da irresponsabilidade, da desordem, da desobediência, do sadismo estatista.

Governo decente e que zela pela liberdade das pessoas é aquele que ordena: trabalhem, honrem seus proventos, acima da realidade econômica do país, senhores controladores de vôo. Mais uma classe social desmoralizada pelo nacional-socialismo trabalhista - após os que legisferam e os que judiscalham.

Mas os cidadãos de bem, os produtivos, os que trabalham, geram e circulam riqueza, apesar de o governo não se entregarão. Exercerão a liberdade primordial, pré-estatal de negar, de ocultarem-se do estado, expropriador e tolerante com a desordem e a falta de respeito.

Cidadãos, pagadores de tributos (contribuinte, não, pois a contribuição pressupõe a espontaneidade), compradores de passagens aéreas revoltam-se em todo o país, leio na página do Terra, na web. Tentativa de invasão de aviões, ataque a guichês de companhias aéreas ... o povo deveria canalizar a sua raiva para outro lado.

Ontem, Luís II, o impugnável, disse que somos reféns dos controladores de vôo, mostrando estar surpreso. Pobre dele, não sabia, ainda. Somos reféns, não, excêlência, pois tu não és, pois teu avião decola quando queres, com preferência no espaço aéreo.

Tudo indica que o governo está investindo no caos, para, dele, surgir o salvador da pátria. E você esperava o quê? - de um governo de sindicalistas, de grevistas, de opressores da liberdade e aviltadores da propriedade?

Dane-se a classe-média que reelegeu. Dane-se a classe alta que reelegeu. Danem-se os políticos presos, eles também, em aeroportos, pela bagunça que criaram e mantiveram.

A greve dos controladores é um ato de ofensa máxima ao povo que lhes paga o salário. É um ato hipoteticamente orquestrado com o governo, cuja incapacidade de fazer valer a hierarquia depõe contra a hipótese de sua não participação neste quadro dantesco do inferno estatal.

Chega!! Basta!! Está mais do que na hora de o povo ordeiro e pacífico, que sustenta esta máquina de moer carne humana - o Estado "o mais frio dos monstros frios", no dizer de Nietszche -, apresentar-se e exigir idoneidade, eficiência, trabalho, hierarquia, que é o que os governantes lhe devem. Há muito, desde a era do príncipe da sociologia, do coronel moderno do Maranhão, e dos delírios nacionalistas da comunidade castrense.

A situação da aviação comercial é a prova cabal e acabada da inapetência para gerenciar o país. Sim, gerenciar, pois os patrões somos nós, como bem lembrou a justiça eleitoral. Só que, pegos com a boca na botija, ela não vai demitir o gerente.

Vem aí a ditadura do nacional-socialismo trabalhista do impugnável. O caos na aviação comercial é a ponta do iceberg. É a tentativa de ele se apresentar, mais uma vez, como ignorante, pois não sabia de nada, e como salvador da pátria.

Chega! Basta!

Quem é que vai entrar na Justiça contra o governo federal? - por sua intolerável omissão em garantir o ir e vir, por sua falta de hierarquia, por estimular, por inoperância e blablablá a desordem e o caos na vida de quem lhes sustenta o salário.

Chega, é demais. Urge a impugnação, urge o impedimento. Quem vai sair às ruas? Quem?

E aí, beleza??