quarta-feira, janeiro 10, 2007

Afinal, a que deve o Estado?

Este título-pergunta encerra uma longa discussão. Ela volta e meia aparece na imprensa. Mas some sem deixar resposta.

Qual deve ser o papel do Estado? Os estatistas pensam que liberais linha dura, como este signatário, pregam um Estado fraco.

Falso. É forte que o queremos. Mas, em quê?

Pela inversa. Deve o Estado financiar a arte? Deve o Estado financiar/gerenciar saúde? Deve o Estado financiar/gerenciar educação? - em especial a universitária? Deve o Estado cobrar pedágio em estrada (como Lula vai fazer na 101 em SC?), depois de cobrar tributo para elas?
Para um liberal linha dura como este singnatário, o Estado deve ser forte em garantir as seguranças interna e externa; deve administrar a Justiça e zelar pelo cumprimento de contratos LIVREMENTE celebrados.

Só isso, já daria aos burocratas uma quantidade imensa, quase sobre-humana de trabalho. Mas eles querem mais, onde não são, ou não deveriam, ser chamados.
Veja a prefeitura de Porto Aelgre. Ampliou para R$ 2 milhões e 218 mil as verbas de uma fundação para promoção da arte (criação do petismo nas trevas dos 16 anos). Foram de R$1 milhão e 311 mil tais verbas em 2006. Para que alguns façam arte com o dinheiro de todos tomado à força nos tributos. Isso é um dos suprasumos da injustiça. E da insensatez. Claro está, nenhum artista irá "protestá". Pelo dinheiro aguardará.

Enquanto isso, as imprescindíveis casas de bombas do DEP não têm condições de serem operadas, como as de número 12 e 13, que atendem ao Menino Deus, bairro de classe média de Porto Alegre, que sempre alaga, apesar de as muitas obras do Departamento de Enchentes Pluviais.

A de número 12, para exemplificar, tem quatro bombas, mas só duas podem operar. Com R$ 500 mil, Fogaça a reformaria (já reformou duas a este custo no ano passado.). Das duas, só uma é ligada, pois há um só funcionário, qeu tem de tirar o lixo do canal da bomba.

Ainda assim, prefere manter uma fundação que, com o dinheiro do povo, financia arte (de estética discutível). Mesmo que fosse de bom gosto.

E, assim, ficamos mais pobres a cada dia.