quinta-feira, dezembro 21, 2006

Acabou antes de começar

Porto Alegre, RS, 21/12/2006, 10h00

Escrevo a partir de a leitura dos diários desta semana prévia à Véspera de Natal. O que leio escrito pelos repórteres e pelos colunistas é que a governadora eleita Yeda Crusius (PSDB) vai manter o altíssimo ICMS sobre aqueles itens supérfluos do dia-a-dia: combustíveis, comunicações, energia elétrica. Yeda Crusius falou e falou em campanha, prometeu um jeito diferente, mas esqueceu que a diferença pressupõe a identidade; deveria ter proposto um jeito diverso de governar.

Mas o fato, aqui, é um só. Se se confirmar a manutenção das altíssimas alíquotas sobre as já altas alíquotas (25%) anteriores, o governo recém eleito, que assumirá a primeiro de janeiro próximo, termina antes mesmo de ter começado.

O jeito diferente pressupunha a identidade e não a diversidade. Yeda como Rigotto, como Dutra, como Britto só sabem aumentar o quanto custam para o povo.

Enquanto o RS afunda na inviabilidade financeira da relação ativos/inativos (tema não debatido devidamente na campanha), setores dos servidores supõe a população como seu servo, seu escravo e querem gastar, consigo, mais R$ 200 milhões ao ano, em um contexto em que o déficit nas contas, pela equipe de Yeda, chega a R$ 9 bilhões. Além do déficit anual de R$ 1,9 bilhão, há os precatórios de R$ 2,9 bilhões; as dívidas com os fornecedores, etc e tal.

Acabou antes de começar. Ainda hoje, o RS vai saber.

Como consolo, metade do governo, representado pelo vice liberal-capitalista Paulo Feijó, é contra.

Se Feijó marcar ponto contra o tarifaço Britto-Dutra-Rigotto-Yeda e bater nesta tecla por quatro anos, elege-se governador em 2010.