O suicídio de um liberal
Na edição de hoje, 02/11, do diário de luxo do RS, ele defende que seja triplicado o salário do governador do Estado. Lorenzoni sabe do que fala. É a primeira vez que seu partido chega ao Executivo gaúcho, na pessoa do vice de Yeda Crusius (PSDB). PFL aliado a PSDB só poderia dar nisso: adeus ao discurso da prudência e da frugalidade estatal e a defesa sem peias da luxúria paga pelo povo empobrecido pelo Estado. Lorenzoni poderia, desde já, filiar-se ao PSDB. Sua permanência no PFL se tornou esdrúxula.
Ele lembrou que o salário de governador é de R$ 7.140,00 e que é "demagogia" não defender a equiparação ao de desembargador, de R$ 22 mil e uns quebrados.
O liberal suicidou com o cianureto do estatismo. Já são poucos e os que há ainda se matam.
Politicamente falando, é claro.
Mais um mandato ou dois e ele estará pronto para se filiar à turma? Ou será que ainda há tempo para ressucitá-lo nas hostes do liberalismo?
Ele já tinha mostrado pouca afeição ao ideário que supostamente defende, quando foram revelados os seus gastos com publicidade e com gasolina.
Agora, entornou o caldo.
Menos um.
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