quinta-feira, junho 08, 2006

Teoria da Metaconspiração

[exclusivo na web/08062006]

Não, não creio em conspirações, mas que as há, há-as. Melhor em espanhol, não? (Yo no creio en conspiraciones, pero que las hay, las hay.)

Explicar a história pela teoria da conspiração tem sido uma obssessão dos socialistas e congêneres. Mas, se uma coisa é explicá-la pela conspiração, outra, farejar conspirações, momentaneamente.

Será que o ataque do MST do B, o MLST, ao Congresso, do qual resultaram 496 presos (vão ter de construir um presídio para eles?) não seria uma articulação interna, para que o governo, simpático a movimentos populares como este, firmasse posição pública a favor da lei e da ordem, eles que, por 20 e tantos anos pregaram a desordem (de o rompimento de contratos à invasão de propriedades, nos delírios da sanguinária revolução trabalhista)??

Assim, fica articulada uma hipótese de metaconspiração. O MLST conspira para atacar o Congresso, mas isso era uma metaconspiração, para que os luminares do governo trabalhista nacionalista, em ano de eleição, posassem naquilo que, no fundo, não são, nem nunca foram. O ministro da articulação política foi de um partido comunista, nos anos de 1970; ele pregava a luta armada na cidade e não no campo - e, por isso, foi expulso, indo acomodar-se em outra sigla simpática ao genocídio e ao roubo ('latrocínio' é o termo-síntese do socialismo).

E a hipótese da metaconspiração fica ainda mais interessante, ao considerarmos que um integrante da executiva nacional do partido liderou o ataque vândalo e assassino. Todos os do governo mostraram repúdio ao ato, rapidamente pedindo a expulsão do correligionário do partido; estranho que o mesmo não fizeram quanto aos envolvidos no mensalão. O ex-presidente nacional da sigla anunciou concorrer a deputado federal. Mas ele já teve seus bens penhorados pela Justiça, por dívida contraída e não paga, em nome de o partido. E fica por isso mesmo?

Tais estranhezas alimentam à engorda a suposta tese de ser muito conveniente para o governo federal ter um causo como aquele para repudiar a baderna invasionista, que eles sempre apoiaram, sob a justificativa de se tratarem de movimentos sociais. Agora, que mais um quebra-quebra é feito, em ano de eleição, serve para que posem de bons moços, o que, certamente, não são.

Comentaristas na imprensa já anunciaram que as cenas poderão ser usadas na campanha eleitoral pela oposição. Mas o governo já se antecipou, repudiando o ato dos celerados.

E as imagens? Infiltrados obtiveram imagens dos planos de ataque. Se foram agentes da inteligência do governo, ...

De qualquer forma, este é, cada vez mais, um país para nele não se viver, este laboratório nojento do latrocínio coletivista.

quarta-feira, junho 07, 2006

Varig, Varig, Varig

[conteúdo exclusivo na web]

Um governo que é grande o suficiente, para lhe dar tudo o que você necessita, é grande o suficiente para lhe tomar tudo. Barry Goldwater

Nesta quinta-feira (08062006), talvez ocorra o leilão da Varig, anunciaram, hoje (07062006), os diários.

Estrela fulgurante, no céu azul, iluminando, de norte a sul, Varig, Varig, Varig. É o famosíssimo canto comercial.

Viação Aérea Rio-grandense S.A. (Varig), uma vez uma grande companhia aérea regional, fundada em Porto Alegre, em 1927, por Otto Ernst Mayer, ex-oficial aviador alemão na I Grande Guerra; Varig, uma vez uma grande companhia aérea nacional e, enfim, uma grande companhia aérea internacional.

Varig, Varig, Varig. Um jingle, com duas repetições do nome internacional revela uma companhia que, primeiro, voou nas asas da liberdade; depois, na do protecionismo estatal (que lhe rendeu uma parte da ponte aérea RJ-SP; e, o grande e suculento filé das linhas internacionais originadas no Brasil) e, enfim, afundou, em parte, devido à mesma relação entre setores público e privado.

Ah, se os empresários brasileiros tivessem lido aquela frase de Barry Goldwater ...

A Varig cobra do governo federal R$ 6 bilhões e algo mais, resultado da intervenção estatal no mercado aeroviário, por conta do congelamento de tarifas. A Varig cobra mais um total de R$ 1,2 bilhão de governos estaduais que lhe tomaram em ICMS, indevidamente. A Varig tem dívida de R$ 8,2 bilhões. Quase toda causada pelo governo, vê-se.

Um governo forte o suficiente para lhe dar tudo o que necessita, é forte o suficiente para lhe tomar tudo.

O Jornal do Comércio de Porto Alegre, edição de segunda-feira, 05/06/2005 (anteontem), traz, como manchete de capa "Bottini diz que governo agravou a crise da Varig".

Um governo forte o suficiente para dar à Varig o monopólio das linhas internacionais com destinos brasileiros numa das pontas da perna, forte o suficiente para lhe dar, durante décadas, metade do melhor tráfego do Brasil, a ponte Rio-São Paulo, foi forte o suficiente para lhe tomar o que era seu, devidamente, para congelar tarifas e lhe inviabilizar o funcionamento.

O governo federal foi condenado e tem de pagar à Varig. Mas não paga. Típico e previsível, vindo de quem vem.

Pior são os apelos nacionais-socialistas para a preservação daquela companhia, dizendo que ela é importante para o país, para o povo ...

O senhor ou a senhora, se vierem a financiar a Varig, seja pelo governo pagando o que lhe deve, seja injetando-lhe dinheiro do povo para seu funcionamento, o senhor e a senhora, alguma vez, receberam algum centavo de dividendos da companhia? Esperam receber?

Não! Pois, no modelo nacional-socialista em que aqui se vive, o povo é sócio apenas no prejuízo. Quando dá lucro, ele chupa o dedo, raios.

Varig, Varig, Varig.

Sob a ditadura do verde

[também publicado no jornal mensal Folha do Porto, edição de maio/2006]


Raízes de flamboyant ameaçam propriedade privada, mas corte
é proibido pela burocracia

O muro de uma residência, na rua Barbedo, 404, bairro de classe-média Menino Deus, em Porto Alegre, está muito inclinado. Ele está sendo derrubado pelas raízes de um flamboyant, plantado no pátio da casa vizinha. A dona da casa e seu vizinho, o dono do flamboyant querem cortar a árvore, mesmo que faça boa sombra, pois traz, também, malefícios. O dono da árvore registrou protocolo pelo 156 da prefeitura. Técnicos da Smam foram ao local e constataram a existência da árvore e que ela "possivelmente" está abalando o muro. Mas nada autorizaram, nem poda nem corte. "É revoltante", define a dona do muro. "Quando este muro cair sobre o meu jardim, a prefeitura vai pagar?", questiona ela. Ainda no relato dos técnicos, do "Atendimento ao Cidadão", consta que "A intervenção, mediante a retirada das raízes certamente determinará desestabilidade do vegetal". Dane-se a propriedade do "cidadão".Que viva o vegetal!

O triste episódio de conviver com a depredação de seu patrimônio, ensina algo mais aos dois vizinhos. Ao homem que plantou a árvore, décadas atrás, que ela, pasmem, não lhe pertence. Na nacional-socialista Porto Alegre, o que é de alguém está condicionado ao aval do burocrata estatal, que, arrogante, decide sobre a vida alheia. E não paga por isso. Ao contrário, recebe gordo salário, para o fazer.

"Teria de proibir de plantar uma árvore dessas e não de cortar", diz o "dono" do flamboyant que não imaginou o dano de hoje. Uma vez ele podou a árvore, cujos galhos batiam nos fios de luz e foi advertido. "É revoltante", repete a dona do muro. Pelo telefone lhe disseram que observasse se o muro está cedendo. "Mas ele já cedeu", aponta, indignada e coberta de razão. É a ditadura do verde em plena ação

domingo, junho 04, 2006

Proposta violação da propriedade


Foto de Ivo Gonçalves / PMPA - 05052006 - Arquivo FP
Prefeito, do PPS, à esquerda, honrou conferência sobre meio ambiente em Porto Alegre

É a tal de democracia

Se o senhor ou a senhora acompanhar o noticiário do executivo municipal na web, verá que boa parte do tempo dos supostos gestores da res publica (seu dinheiro) é gasto em conferências e seminários; da papelada burocrática diária nem se fala, claro. Em uma conferência, ocorrida no início de maio/2006, um secretário municipal propôs, claramente, a violação da propriedade. Em discussão a preservação do meio ambiente. Nem se fale, por hora, que, radicalizado, implica na destruição da humanidade.

O burocrata estatal propôs que 20% da vegetação nos terrenos da cidade (privados, claro) sejam preservados, obrigatoriamente. Assim, se o senhor plantar dez árvores ou uma no seu terreno, no caso de o possuir, e, anos depois, querer cortar, não pode. Ou, se o comprar arborizado, não, também. Suas árvores, fruto de sua vontade e de seu zelo pertencem ao Estado, que finge defender o indivíduo. É um abuso declarado. O burocrata que o propôs pertence a um partido supostamente de direita. No Brasil, ela é, também, coletivista. Muitos são os que concordam, mas nada fazem pelos seus irmãos humanos, que morrem ou ficam deformados esperando um procedimento na fila estatal da sáude. E tem quem chame isso aqui de capitalismo. Nele, o Estado não viola propriedades, como cá.

Raios & Trovões - Maio de 2006

Os que não precisam de horário
Raios e trovões! A Fasc, órgão municipal criado para cuidar dos muito pobres e indigentes, tem orçamento anual de R$ 57 milhões, 141 mil e 505 para 2006. A Fasc possui abrigos, para que as pessoas não precisem "dormir na rua" ("morador de rua" é uma contradição nos termos). Mas muitos preferem permanecer nos logradouros. Sem banho, em pleno exercício do direito de feder. Sem alimentação, mendigando.

Certa vez, questionando um deles, que lhe pedia esmola, o redator perguntou o porquê de não se banhar, dormir e se alimentar em um dos muitos abrigos (há um no início da avenida Getúlio Vargas, bairro Menino Deus, área central de Porto Alegre). Respondeu o indigente que, nos abrigos, "tem hora pra tudo", para tomar banho, para comer e para dormir. Assim sendo, quem trabalha e estuda, que tem hora para tudo, fica no exercíco do dever de cheirar e de pagar pela Fasc, enquanto os "assistidos", gozam do pleno direito de feder. Ah, 52% do orçamento da Fasc assiste os funcionários do órgão. Raios!

Reparos
O redator se desculpa se ofendeu um príncipe de metalúrgicos e seu partido, na edição passada, na abertura desta coluna. Nada consta contra ele, nem contra aliados e seguidores. Foi um equívoco ciclópico, aqui reformado, com humildes pedidos de perdão.

Para o pedestre nada
O novo semáforo no cruzamento da avenida Ganzo com a rua Múcio Teixeira trará segurança a quem caminha. Mas, luzes, somente para os carros; ao pedestre, nada. Coisas de Porto Alegre, cuja estatal do trânsito, EPTC, acumula déficit de quase R$ 28 milhões, em oito anos de existência.

Só no nome
Mobilidade urbana, é??
[N.R. aos que não são de Porto Alegre ou, sendo, olvidaram, Mobilidade Urbana é o nome da secretaria municipal de transportes, desde que o poeta senador assumiu a prefeitura.]

Pacto pelo Rio Grande?
Raios! De cada cem matrículas na folha do Estado/governo, 49 estão inativas. Das 51 ativas, saem 11% para as inativas. É óbvio que a conta não fecha. Resultado é um déficit de R$ 100 milhões ao mês. Um terço do orçamento anual (de R$ 19 bilhões em 2006) paga juros de dívida.
E a solução seria ...

Para começar
Cortar pela metade os proventos de ativos e inativos iniciaria a solução. Mas governos não podem demitir, se há déficit, nem reduzir salários, já baixos que são.

Dívida tributária
Vai a R$ 13 bilhões a dívida de empresas com o Estado. Boa parte é contestada judicialmente. Outra, é de firmas falidas. Se pago aquele valor, não aliviaria um ano de orçamento, de R$ 19 bilhões.

Pacto pelo RS?
Os deputados conseguem espaço na imprensa com sua proposta de Pacto pelo RS. O Legislativo propôs que cada poder se responsabilize pela dívida. A classe jurista recusou. Certo é que, à-quele que assumir em 2007, faltará dinheiro e sobrarão dívidas. O RS os burocratas o faliram.

Preso votar?
A Lei de Execuções Penais é generosa com criminosos contra a vida e o patrimônio. Ela é criada e validada por políticos. O Código Penal, idem, ibidem. Os presos têm regalias absurdas, para encarcerados. Agora querem que os presos votem. Bandidos vão eleger seus representantes, é? Já os tem!!??

Bandidos no poder
Nunca antes na história de um país, um governo teve a sua alta cúpula indiciada por formação de quadrilha. Vai ter resultado??

Posição do semáforo
Na avenida Ganzo, fica do outro lado da rua em que os condutores devem parar. Estranho, não?

Protesto injustificado
O protesto dos agricultores, interrompendo estradas e dificultando o abastecimento das cidades, deixa de ser justo e passa a ser um ato de delinqüência, ao melhor estilo dos criminosos do MST, que, mil raios, fez e faz escola.

Será que cola?
A propaganda na TV contra Rigotto, daquele que "fez mais pelos gaúchos". Seu ex-secretário estadual da Fazenda admitiu entregar o Estado a Rigotto com R$ 1,4 bilhão no vermelho. Recebera de Britto com +R$ 1,4 bilhão.
Mil raios e trovões!!!!!

Barbárie geral
Do PCC pela rebelião; da polícia ao matar bandidos; do governador ao negar o nome dos mortos pelo Estado. Do presidente a candidatos, e ex-presidente, fugiram do caos. Parte é deles.

Trata-se de uma guerra
Em SP, os bandidos matam policiais e os da lei reagem, matando bandidos. A guerra ficou explícita. O povo não protestou contra bandidos mortos. Certos diários, sim.

Metralhadora Giratória - Maio 2006




A foto que leva bala nesta edição ...

Calçada onde havia posto de gasolina, virou estacionamento. Trânsito sempre dá boa foto de violação cotidiana do respeito mútuo, uma característica que, também, define uma parte do povo desta terra. É cada vez mais comum motoristas estacionarem sobre a calçada, no final da avenida Getúlio Vargas, quase José de Alencar, um dos cruzamentos mais movimentados de Porto Alegre. Um ato de supremo desrespeito pelos que caminham

A prática cotidiana da incoerência - e incansável
O título acima, até o hífen, poderia ser o nome de um livro (alô, aos que têm tempo), reunindo as marchas e contra-marchas da presidência. No affair andino, de um páis cuja dívida foi perdoada ilegalmente, a estatal do óleo disse, e ele desdisse, e a estatal do óleo redisse (redisse?). Mas o governo não tem ingerência sobre ela, que deve agir de acordo com os ditames da economia de mercado, que no país não há. Legal, não?? Com um pouco de sorte ele aparece como salvador da pátria, mandando, sem poder mandar, a estatal absorver o aumento de 45% que os índios andinos querem. Sem falar que a rica empresa paga por gás que não recebe e não vende ao consumidor final. Contrato à socialismo-fh dá nisso.

O presidente não manda na estatal
FH abriu o mercado do petróleo no país. Mas manteve a propriedade do Estado (jamais do povo, só da burocracia e dos eleitos) sobre o subsolo, uma fórmula para a pobreza. A estatal do óleo foi para a bolsa de valores de Nova York. Hoje, o governo detém 36% de suas ações. Ao completar a suposta auto-suficiência em petra oleum, completou, também, a autodependência no gás boliviano (75% das necessidades pátrias). Haja.


Depravação vence

Deputado federal de um partido supostamente conservador, na lista do partidoduto, ele que recebeu R$ 3 milhões, foi absolvido pelos colegas em plenário. O povo já é burro, votando, fica mais?? A estrutura estatal virou uma ditadura total.

Chega de discussão

"Na discussão sobre o uso de celulares por presidiário", ouve-se na TV. Discussão? Presidiário não tem de poder usar celular, ora! Mas, afinal, quem manda no país são os delinqüentes, dentro e fora do governo, ou seja, quem rouba pouco e quem rouba muito. Futuro não hã.

Desigualdade total

Os políticos, de M a U, votam leis que intervêm na vida individual, violando seu trabalho e propriedade, excessivamente. E não podem ser classificados pelo que são, pois é crime a crítica "excessiva".

A guerra vem aí

Chavez da Venezuela quer um exército de 1,5 milhão de homens. Ele segue Fidel Castro. Os ditadores avançam. E o Brasil? Sucumbirá?

Investimento, é?

A estatal do óleo fala, na TV, em investir R$ 20 bilhões até 2010. Pagará o povo, na bomba do posto.

Estranho país em que eles vivem

Governantes erram com gravidade. Indivíduos entram na Justiça e vencem a ditadura estatal. Mas os gestores da verba de todos não pagam. Só o RS deve R$ 2,9 bilhões em precatórios. Ninguém é preso. Há décadas. E são considerados legais e legítimos representantes da sociedade. Enquanto isso, uma atividade considerada contravenção, o jogo do bicho, honra os clientes com o devido. Se não paga, dança. Já os estatais ...

A lei deve passar por alterações

Quando o governo é condenado a pagar alguma coisa, quem paga, ao fim e ao cabo, é o povo todo. Isso está errado. Quem deve pagar deve ser o gestor público (eleito ou concursado), pois o povo os paga para eles fazerem o seu trabalho. Quando não fazem, o povo paga, de novo. O nome disso é ditadura civil, de eleitos e concursados. O país tem de rumar para o tratamento igual (isonomia, a mesma norma a todos), que não há. Mas eles legislam em causa própria. O povo aceita? Não. Rebela-se, ao agir na informalidade, oculta renda e a protege do (con)fisco.

Já faz quase um ano e nada ocorreu

Ele disse claramente, com todos os fonemas, que seu partido cometeu crime eleitoral para chegar à presidência. Justificou-o com todos fazem isso. Pode ser, mas ele é réu confesso. E os advogados? Nada. E a oposição partidária? Nada. E o povo todo (rico, pobre, classe média) o que fez? Nada. Será o delito o cimento que une a sociedade?

O coronel, o índio e o líder sindical

Hugo Chavez, militar presidente da Venezuela, onde implantou uma ditadura, com o apoio do líder sindical brasileiro, fez da Bolívia seu satélite. Botou na cabeça do índio presidente e este violou propriedade brasileira. E aviolação seguirá contra os agricultores. A imprensa não publica, mas as forças armadas estão atentas e se preparando para um futuro conflito.

Os políticos perderam o trem da história

No RS, estado falido e inviável (só os candidatos não lho dizem), os empresários saíram à frente e montaram a Agenda Estratégica, para propor soluções. Os políticos (deputados estaduais), meses depois, vieram com o Pacto. 'Pacto' é palavra batida, que sempre foi usada por quem propunha conversar e nada modificar. A ver o que os atrasados vão fazer.

Rebelião de presos e eleições

Sempre que há eleições (municipais ou gerais), o crime organizado (melhor do que o governo, aliás) explode rebeliões nas cadeias de SP. Em especial, se o governador é adversário político do neotrabalhismo. O governo bem controla quem trabalha, mas os presos, em ambiente fechado, não!! Nem dá para falar o que é possível pensar disso.

Frase do Mês: "As democracias têm sido, sempre, espetáculos de turbulência e de conflito; encontraram-se sempre incompatíveis com a segurança pessoal ou os direitos de propriedade; e foram tão curtas em suas vidas, quanto violentas em suas mortes.", escreveu James Madison, quarto presidente dos EUA, e um dos redatores da Constituição daquele país, a primeira sociedade fruto do Iluminismo. Hoje, depravada.

Aprovada lei inútil contra álcool


Foto de Caroline da Fé / Câmara de Vereadores - Arquivo Folha do Porto

A foto mostra a celebração, quando revelado o resultado da votação da lei que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em postos de gasolina, garagens ou similares, em Porto Alegre.

Todos os 31 vereadores de Porto Alegre (RS), presentes na sessão de 10/05, aprovaram o projeto de lei da vereadora socialista Clênia Maranhão (PPS), ilustre moradora do bairro Menino Deus, que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em postos de gasolina no município de Porto Alegre. A vereadora objetiva, com isso, reduzir o consumo de álcool, pelos jovens, para reduzir os sinistros ocorridos no trânsito. Entre os proprietários de lojas de conveniências, já se fala em 300 demissões, por conta da proibição. É a conseqüência mais previsível da lei. Restrito o consumo, cai a venda e os comerciantes terão de demitir empregados. Difícil fica garantir menor consumo de álcool, pela proibição dele, em postos de gasolina. Bastará aos jovens se reunirem em outros locais.

A Fundação Thiago Gonzaga, localizada na rua Botafogo, prestou apoio explícito à lei. Ela executa louvável trabalho contra a mistura álcool e direção entre jovens. Tanto que os jovens funcionários da fundação estavam no plenário, para aplaudir a votação. Chama a atenção o fato de eles, pessoas de fino trato, gente muito boa, serem vistos, volta e meia, bebendo cerveja em um posto de gasolina próximo ao local em que trabalham.

Há óbices à lei. Um deles é a fiscalização. A Smic não tem fiscais para agir à noite. Outro, que, se alguém está dentro do seu carro, estacionado em um posto, bebendo, não há fiscal da Smic ou agente de trânsito que possa proibí-lo de o fazer, pois, mesmo em um espaço público, como o posto de gasolina, o indivíduo está dentro de seu espaço privado, o veículo.

Além de o quê, bastará comprar um alcoólico na loja do posto e rumar para a calçada em frente, que a lei já não mais terá abrangência.

Esta lei servirá para fiscais desonestos, se é que os há, extorquirem comerciantes, que, aliás, nada têm a ver com o fato de os filhos de outrem não saberem dirigir, ou beber.

A lei é típica dos que supõem que o Estado é capaz de reformar a alma humana. Ah, se os indivíduos soubessem como se fazem as leis ...

Votaram sim ao projeto que proíbe beber em postos de gasolina
Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendrúsculo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Luiz Braz, Manuela D'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mário Fraga, Mônica Leal, Nereu D'Ávila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano.
N.R.: Esses os que acreditam, que os jovens irão parar de beber, ou beber menos, porque, nos postos de gasolina, tal estará proibido de se o fazer. Cumpre notar, também, que todos os partidos, os de esquerda extrema como PT ou PCdoB, PSB ou PPS, ou moderada, como PMDB e PSDB, ou suposta direita, como PFL, PL e PP apoiaram a lei que viola uma liberdade individual. Prova que, no parlamento porto-alegrense, reinam as concepções de extremo intervencionismo, lamentavelmente.

Nas lojas, dúvidas e ceticismo
Aprovada a lei socialista contra o ato de beber alcoólicos em postos de gasolina, ou em lojas de conveniências neles localizadas, falta a sanção do prefeito, que é do mesmo partido da vereadora que propôs a lei. Antes de o prefeito sancionar a lei, uma conversa com os donos de lojas de conveniência revelou dúvidas e ceticismo.

Para Anézio Sbrussi, "não vai diminuir a bebedeira; mesmo que bebida e direção não combinem, vai promover o consumo em outros lugares". Ele considera a lei "absurda", pois, se é proibido beber na loja dele, no restaurante, do outro lado da rua, não. Walter Duarte considera a lei "burra", pois "não pode beber no posto, mas no bar aqui do lado, pode". Para ele, "não me afeta muito, porque aqui não é point". E duvida do cumprimento. "Eu vou botar o aviso, mas não tenho poder de polícia, como é que eu vou proibir alguém?". Ele considera a lei "injusta", pois "pune o comerciante pelo vício de outros". Sem falar que muitos compram a bebida em mercados e vão aos postos.
João Carlos Dal’Aqua preocupa-se com a responsabilização e a fiscalização. "O sujeito compra, sai, e daí?". Ele argumenta que lojas são um "alvo fixo e fácil" para fiscais. "E as liberdades individuais?", questionou.
Um outro comerciante chegou a dizer: "Uma família não soube criar o filho, ele se mata e, agora, outros têm de pagar por isso?", expressou sua revolta com a lei aprovada no plenário.

Governador proíbe consumação
Mais uma intervenção na liberdade individual foi cometida no Estado "farol da liberdade". E, desta veza, pelo governador Gemano Rigotto, do social-democrata PMDB. Ele sancionou a lei que proíbe a cobrança de consumação mínima em casas noturnas. Para o deputado estadual autor da lei, os jovens bebem em excesso "para aproveitar o valor pago obrigatoriamente". Sábio, ele e seus colegas, acham que os jovens irão beber menos, se não forem obrigados à consumação mínima.
O projeto é do social-democrata Paulo Brum (PSDB, ex-PTB) e foi aprovado na sessão de 25/04 passado, por 27 votas, tendo sido rejeitada por 17. É a tal de democracia. O PSDB integra o governo de Germano Rigotto.

Veneno na Câmara - Maio de 2006

Quem é? Quem é? Que sabe o valor?
Os vereadores e vereadoras decidem o que podem e o que não podem sobre a vida das pessoas. Em especial, sobre a de quem trabalha e os sustenta o salário e as facilidades. Presuma-se que representam o povo nas decisões votadas em plenário. Sobre o "o que não podem" vide o parcelamento do ITBI em doze vezes, que passou pela peneira grossa da "comissão de constituição e justiça" e pelo plenário, embora a matéria seja de origem exclusiva ao poder Executivo. Democracia é???

Pois muito bem. Se eles acham que podem mandar em quem os sustenta, dizendo se podem admitir pessoas bebendo em postos de gasolina, ou quanto vão ser ....ados no imposto sobre a propriedade, ou que artistas contratar em uma apresentação internacional, vai, aqui, uma su-gestão. Que os vereadores tenham, na mesa da pessoa que atende ao telefone, em seus gabinetes, um resumo do orçamento do município. Embora a peça seja longa, o principal pode ser resumido em uma folha de ofício - fato do qual políticos e seus burocratas duvidam.

Para saber do zelo dos senhores e senhoras vereadoras pelo dinheiro do povo, que é escravizado nos tributos, o redator vestiu-se de lobo em pele de cordeiro. Ligou para todos os 34 gabinetes, apresentando-se como eleitor de o vereador ou de a vereadora. E perguntou se alguém do gabinete poderia informar o valor do orçamento anual do município.

Votá-lo e zelar por ele deveriam ser as principais atribuições desses parlamentares. Mas, infelizmente, não é o que ocorre, ouviu-se a 23/05.

Quantos não sabiam
De os 34 gabinetes que ouviram a pergunta "quem é que pode informar o valor do orçamento municipal para este ano?", 26 não tinham quem respondesse, facilmente, o valor que o povo paga para a prefeitura, vereadores incluídos, funcionarem em 2006.
Chute
De o gabinete de um vereador do PT veio o primeiro Sim e o primeiro chute: 2,5 bilhões. Chega a quase isso o valor. É menor.
Precisão
Responderam com precisão e pouca espera ao telefone, funcionários de João Antônio Dib, do PP; de João Carlos Nedel, idem; de Manuela D’Ávila (socialista do PCdoB); de Mônica Leal (PP), embora errassem o valor final, detalharam algo do orçamento.
Quase lá
Acertaram perto de o gol, os gabinetes de Clênia Maranhão, do socialista PPS, de onde se ouviu o valor de R$ 2,2 bilhões; e de Luiz Braz (PSDB), sendo que o próprio forneceu a informação (foi o único a o fazer), dizendo que o valor vai a "R$ 2 bilhões e 200 milhões, com o SUS, que chega a mais ou menos uns R$ 300 milhões".
E o valor do orçamento é de ...
Conforme ouvido de os precisos, é de R$ 2 bilhões, 157 milhões, 162 mil e 292, sendo o SUS (repassado pela União) de R$ 312 milhões, 431 mil e 654.
Proíbe mas não pune
O projeto de Clênia Maranhão (PPS), proibindo o consumo de alcoólicos em postos de gasolina, aprovado, não estabelece punição. Fica ao Executivo o determinar. Em contato com a Smic e a Procuradoria, não sabiam dizer o tipo de punição impor. Por que a vereadora não foi a tanto??
Mais servidão proposta
Uma vereadora do social-democrata PMDB quer qualificar e incentivar profissionalmente os catadores de lixo. Cheia de boas intenções, quer obrigá-los a se filiarem a uma cooperativa ou entidade civil. Não passar de os submeter, ainda mais, à pobreza. Vão sustentar vagais - a diretoria das "entidades" - que serão, também, mais um curral eleitoral.
Foi-se o nepotismo
Na sessão de 24/05, a lei antinepotismo por um voto não atingiu votação suficiente. Foi ao lixo. Era uma discussão inútil. O problema não é empregar parentes; a questão é se eles, se de confiança, trabalham ou vadiam.
Licença estranha
Vereador do PMDB "matou" sete dias para tratar de assuntos partidários em Brasília. Podem tudo.
Uma velha encenação
Edil promete sinaleira para ruas Silveiro e Barão do Cerro Largo. Depende de estudos técnicos da EPTC e não de vereadores. E tem gente que ainda acredita.