quinta-feira, novembro 30, 2006

O ardil da saúde estatal

Se você não pode ser atendido pelo SUS, por um critério político (o que, aliás, é crime), você terá de pagar. Se você pagar, não terá como provar que foi recusado seu atendimento pelo SUS. Se você quer ser atendido pelo SUS, tem de recorrer a uma central de regulação. Mas e se for uma emergência? Não há como esperar pela central. Logo, você vai ter de pagar, se puder, porque, lá no hospital da cidade ‘I’, você não pode ser atendido pelo SUS, porque você é da cidade ‘A’. Isso aconteceu nesta semana, iniciada a 27/11, em um hospital, de irmãs, beneficente, que atende pelo SUS, em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. Já, se não puder pagar, vá sofrer como Cristo na cruz.

Negar atendimento a alguém, porque esta pessoa não é da cidade, como lhe foi dito e narrado a este colunista, é a manifestação cabal e acabada do nacional-socialismo, com um agravente cumular. No nacional-socialismo clássico, você é refugado por ser de outro país. No do SUS, você é lixo humano porque é de outra cidade. E tem gente que ainda defende o sistema estatal.

Neste caso macabro de violação da dignidade humana, sem falar no bolso de quem sustenta o sistema com impostos, somam-se a administração política da ditadura civil (eleitos e concursados) e a pecuniariomania de irmãs religiosas, sedentas de "fiorin", para enviar à sede da igreja na Europa.

Enquanto isso, morre o povo na fila do SUS.

O país é nacional-socialista, pois sua Carta consagra o nacionalismo e o coletivismo (socialismo). Vide a função social da propriedade. Vide os impedimentos ao capital de estrangeiros para investir no país. Podem investir se for para o governo sustentar o déficit que gera miséria.

Mais nacional-socialismo.

Mas o ‘naso’ é visto, caricaturalmente, como um imenso campo de extermínio. Este é o cúmulo da estatização da vida.

Se o país é naso, onde está o campo de extermínio?

Ora, está ali, na fila do SUS, na qual pessoas esperam meses por uma consulta com oncologista, para citar um caso de extermínio. Enquanto seu câncer avança.

Não admira que, em Porto Alegre, um dos mais trabalhistas dos governos (o naso é um governo trabalhista), gastava tubos e rios de dinheiro com publicidade e deixava o povo morrer ou ficar deformado na fila do SUS, o campo de extermínio dos Joseph locais.

A história
A mulher, jovem, agricultora, esposa de um também agricultor, sente forte dor de garganta. Vai ao hospital de sua cidade, péssimo. Diagnosticam errado e receituam o medicamento errado. Ela passa a urinar com traços de sangue. Decide ir ao hospital da cidade vizinha, que possui melhores médicos e equipamentos.

Chegando lá, ela, que paga altíssimos impostos à União, em tudo o que adquire, junto com o marido, ouve que não pode ser internada pelo SUS, porque não é da cidade. Atenção. Isso é crime.

O que podem fazer, se ela tem dor e sintomas graves, que exigem tratamento de urgência, se não pagarem? Se pagarem particular, ficarão em condição de não poder denunciar o ato naso do hospital beneficente, que atende pelo SUS, instituição de caridosas irmãs religiosas.

O colunista entrou em contato com a secretaria estadual da Saúde, que monitora o SUS. Se a paciente ficou em quarto particular, não há como restituir-lhe o valor ou, sequer, monitorar seu atendimento. Muito menos o crime naso cometido.

Crime? Parece ser a lei. Não?

É o ardil da saúde estatal, que saqueia o povo, via instituições privadas, beneficentes e caridosas. À manutenção dos afrescos e das colunas de ébano do grande templo.

Isso me enche de ódio, de raiva. Não foi por isso que Jesus, filho de José, deu-se ao sacrifício.

A propósito. A internação forçada para o serviço pago custou cerca de mil reais, entre leito, medicamentos, médicos e exames.

O naso à brasileira agradece.

Acabem com a farsa da filantropia e do direito à saúde. Só há dever de pagar.

O CPMF é desviado há três governos e ninguém vai preso. Agora, se um empresário não pagar ao INSS, vai preso.

Se isso não é uma ditadura, ajudem-me com o nome. É a vitória do naso, mesmo com seu grande líder derrotado em 1945.

Viva o trabalhismo. Viva a morte.

Quem vai para a cadeia?

Em um distante país, um avião a jato, pequeno, colidiu com um Boeing, resultando em 154 mortes. Quem vai para a cadeia? Afinal, à luz da lei ocidental, houve 154 homicídios culposos. Naquele mesmo país, há promotores defendendo a tese absurda de indiciar por homicídio doloso (intenção de matar) quem dirige perigosamente e atropela ou mata alguém em outro veículo.

Quem vai para a cadeia?

Naquele país onde houve o acidente aéreo, tentaram, de início, incriminar os pilotos do avião menor, o que colidiu, causando o acidente. Eram estrangeiros. Pior. Eram norte-americanos. Yankees!

Quem vai para a cadeia?

Investigar acidentes aéreos, em especial um destes, exige muito cuidado. Corpos, menos um, foram resgatados. As caixas pretas, encontradas. A investigação avançou.

Dias depois do acidente, iniciou um caos no transporte aéreo daquele país, promovido pelos controladores de vôo. Eles alegavam uma operação padrão.

Assim, quando o controle aéreo vai bem, a aviação comercial vai mal. E vice versa.

Quem vai para a cadeia?

Os controladores de vôo trouxeram enormes prejuízos à vida de milhares de pessoas. Quem paga a conta? O governo controlador de vôo? Claro que não. As empresas aéreas. País nacional-socialista, fascista, não capitalista é assim.

Quem vai para a cadeia?

Depois, descobriu-se que houve falha pessoal de dois controladores de vôo, ao passar e receber o serviço; e ao conduzi-lo.

Quem vai para a cadeia?

Depois, descobriu-se que o governo central daquele país reduziu e continua reduzindo as verbas necessárias para manter decente o controle do tráfego aéreo.

Quem vai para a cadeia?

O ministro do planejamento que cortou as verbas para manter o controle de vôo? O ministro da Fazenda, responsável pelo caixa? Os congressistas (deputados e senadores) que aprovaram o corte? O presidente da república que assinou o orçamento com o corte? Os controladores de vôo? Seus superiores imediatos até o topo da hierarquia?

Quem vai para a cadeia?

Todos, claro. Mas não irão.

Em países nacionais-socialistas, os intervencionistas não são responsáveis, só quem lhes paga a conta.

domingo, novembro 26, 2006

Egoísmo e imposto de renda


Onde a imprensa é livre e todo homem capaz de ler, tudo está a salvo.
Thomas Jefferson, um dos redatores da Constituição dos EUA, seu presidente (1801-09)
A tabela do imposto de renda de pessoa física (pessoa natural, no direito, conceito embasado filosoficamente), está 46,8% defasada. Ante reclamações que deveria ser atualizada, um estatocrata, de o distrito federal, saiu-se com algo como "as pessoas são egoístas". Sim, senhor, elas são egoístas. Elas devem ser.

A tese surpreende? Não deveria. Mas, afinal, o que é ser egoísta?
Para uma tradição religiosa, ser egoísta é pensar somente em si, em detrimento, em sacrifício, em destruição de outrem. Esta concepção está tão inculcada na, digamos, metafísica popular dos costumes, que é difícil a ela se opor sem dificuldade. Mas, ao contrário, vivemos no egoísmo do coletivismo, do Estado apropriador, expropriador.

Mas, ao fim e ao cabo, "at the end of the day" (ao fim do dia), como gostam de dizer os ingleses, ser egoísta é, sem mais nem menos, simplesmente, um sujeito defender aquilo que é seu. É um sujeito defender que o que ele produziu, gerou, resultou, como o fruto de seu trabalho, pertence-lhe. Deve ele ser sacrificado em nome de outrem, pelo Estado/governo?
Se um sujeito trabalha e produz riqueza, ela lhe pertence. E, sim, é egoísmo, ele defender o que é seu, no caso, a correção da tabela do imposto de renda, cuja defasagem faz com que cada vez mais dinheiro, em especial da classe média, seja transferido ao governo. Classe média que o mesmo governo sistematicamente e progressivamente expulsa da rede de serviços estatais de educação, saúde e segurança - para falar só delas.
Tal transferência de riqueza ao Estado, seja da burguesia, lá no século XIX, seja da classe média, nos séculos XX e XXI, constitui uma das principais diretrizes de um governo de trabalhadores em democracias liberais, como muito bem postularam Marx e Engels no "Manifesto do Partido Comunista" - obra de 1848, cuja leitura auxilia muito a compreender o que acontece no "bananão" de hoje.
A defasagem da tabela do IRPF faz com que cada vez mais pessoas contribuam e, pior, com mais e mais. Sem nada lhes ser restituído em serviços, finalidade dos tributos.
É o projeto comunista em pleno curso. E ainda acusam quem defenda o que é seu de egoísta.
Sim, sou egoísta, se o estatólatra estatocrata assim a mim se dirigir. Pois, afinal, o que é fruto de meu trabalho é meu, ora, bolas, e carambolas. E eu o dispenso como eu quiser e não como um burocrata decidir, após dele se apropriar. Se me o tomam, não vivo em uma república, mas em uma ditadura trabalhista.
Com a não correção da tabela do IR, ao passo que os salários são corrigidos pela inflação, o governo nacional-socialista (ante-sala do comunistmo), o governo de trabalhadores, apropria-se, cada vez mais, do trabalho de outrem, à força, nos tributos.
O nome disso é roubo, crime, mas, como muito bem disse um filósofo liberal, Max Stirner, contemporâneo de, que debatia com, Marx e Engels, aquilo que, para o cidadão é crime (como a sonegação ou a negação de renda, acrescente-se), para o governo é, apenas, a lei. ("O Estado denomina sua própria violência lei, mas àquela do indivíduo, crime", é a frase, inclusa em "O ego e o que lhe pertence"/"The ego and his own" - lá de meados do século XIX.)
O burocrata acusa quem defende sua propriedade, fruto de seu trabalho, de egoísta. Sim, somos.
E ele, afinal, o que é??

sábado, novembro 04, 2006

Povo paga duas vezes

De as empresas aéreas falou-se em acionar o governo em R$ 40 milhões pelos transtornos e déficit causados com a greve branca dos controladores de vôo, funcionários federais. A idéia parece, prima facie, boa, afinal, alguém tem de pagar pelos prejuízos, alguém tem de ir para a cadeia pelo que ocorreu, o transtorno e o desperdício de tempo precioso da vida de milhares e milhares de pessoas. Mas, mesmo que condenado e que pague pelo transtorno, quem vai mesmo pagar é o povo todo (rico, pobre, classe média), afinal, "o governo", esta palavra que induz a ene erros de categoria, não tem outro dinheiro que não o que ele toma à força do povo nos tributos. Assim, acionar o governo não é só injusto, é, de fato, dupla injustiça, contra as mesmas pessoas que foram torturadas pelo sistema estatal de tráfego aéreo.

Se alguém tem de ser acionado pelos danos causados à vida das pessoas e ao funcionamento das empresas aéreas esse alguém são os controladores de vôo, seja na pessoa natural de cada um, seja na pessoa jurídica da entidade que os representa, associação, sindicato, ou seja lá o que for um tal instituto desses que pululam, graças à obrigação de um dia por ano de salário de todos "doados" (sacrificados) ao fundo sindical. Ainda assim, a sindicalização é livre. Só o pagar obrigatório. Pátria inequívoca do nacional-socialismo trabalhista. E tem quem chame o país de capitalista (reputo-lhes a ignorância para não os chamar de burros).

Quem tem de pagar pelo caos e pelos danos à vida das pessoas são aqueles que atormentaram o tráfego aéreo no país. Devem pagar também, com seus proventos, ou com seu tempo na cadeia, todas as autoridades que deixaram que o caos se instalasse no sistema de controle de tráfego aéreo. A cadeia hierárquica aponta para o topo.

Um governo que não destina verba para a manutenção de um sistema crucial para a vida do país é um governo que trai a pátria, trai o povo, não é probo administrativamente. Tudo aponta para um nome, tudo aponta para um responsável maior, aquele que chefia e foi inepto, inapto, irresponsável, incompetente para, sequer, saber, se é que não sabia ('saber', uma palavra muito ouvida, uma condição nada assumida nos últimos quase quatro anos) e nada fez.

Uma coisa, é certo, ele e os seus fizeram. Drenaram recursos de todos os lados, da saúde, das estradas, do controle de vôo, para fazer "distribuição de renda", ou seja, para comprar votos de gente faminta, que, por isso mesmo, foi duplamente humilhada pelo governo. Ao ser mantida na pobreza por uma administração (!!??) pública inviável financeiramente, por uma carga tributária escravizante, para a sustentar, e, suprema humilhação, receber esmola estatal para comer.

Pior do que isso, tal povo gostou de ser humilhado, sem sequer saber que, para o perverso óbulo, o país foi levado ao caos, em tudo o que é estatal.

Mas o mal de todos os males, a perversão suprema, está em que, no país do nacional-socialismo trabalhista, mesmo que sejam condenados os do governo, pagam se querem. O povo, dane-se. E pague, claro. Ditadura civil de eleitos e concursados. Alguém duvida ou pode apresentar argumentos ao contrário de?

sexta-feira, novembro 03, 2006

Metáfora de si mesmo

A foto que vi no jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, de hoje, traz, a Luís II o impugnável, a metáfora viva de si mesmo e de seu governo. Enquanto o povo perdia o tempo precioso e irrecuperável de sua vida nos aeroportos de todo o país, sua excelência de colaboradores coroados de "erros", atirava-se às areias do litoral da Bahia, deitado temporariamente em berço esplêndido, só para ele. Nada poderia ser mais revelador, a imagem é a descrição de sua inapetência, de sua omissão. Seu governo retirou verbas de todos os lados, inclusive do controle de tráfego aéreo, para comprar os votos dos famintos, cruciais para sua reeleição - fato provado até pelo diário de luxo do RS, amplamente luisista. O resultado viu-se nos últimos dias.

Um governo incapaz de fazer qualquer outra coisa além de se endividar, fazer sucata da saúde e da previdência, das estradas e portos e do controle aeroviário, teve como único mérito estimular ao ócio milhões de pobres com a esmola compra-voto estatal - quase 12 milhões de famílias.

Ah, quase ia esquecendo. Também foi eficaz na desordem legal, com 40 pessoas do núcleo do poder indiciadas por formação de quadrilha.

Sua reeleição talvez se explique pela mesma paixão pagã dos romanos pelos espetáculos no Coliseum. Quanto mais um homem era espancado, quanto mais ele era trucidado, quanto mais ele era infeliz em defender sua vida, mais o povo o aplaudia. Claro que os romanos exibiam um componente racional que falta aos 56 milhões de brasileiros reelegedores. No Coliseum, aplaudia-se ainda mais o homem que derrotou o que apanhava mais.

Enquanto o impugnável descansava nas areias da Bahia, seu avião não tendo problema para decolar e aterrissar, seus ministros tentavam contornar o caos que o seu governo criara, ao não destinar as verbas necessárias para manter o controle aeroviário em funcionamento devido. É o mundo do MST que já se desenha.

Sim, pois, para os vândalos terroristas falsos campesinos, o mundo não precisa de tecnologia, de avião, exceto para eles, claro. Mas são flagrantemente contrários à inovação tecnológica. Pois bem, se dependesse deles, e do governo a eles simpático e deles dependente, para chantagear o país com "se falarem de impeachment, convocaremos os movimentos sociais", não haveria avião. E não há mesmo, para enviar bolsa família aos acampados do MST.

Haja.

Bem, agora a classe média que votou no impugnável que se dane e se estrepe nos aeroportos. Ninguém mandou ser burro ao votar.

quinta-feira, novembro 02, 2006

A cara do velho governo

A cara do novo velho governo dos 40 sem o líder está estampada na foto hoje, 02/11, publicada pelo terra.com: Luís II, o impugnável, de tanga banhística, e a primeira dama ao lado, descansam na praia. Enquanto isso, o povo que o sustenta, muitos dos quais o elegeram, tem que invadir aviões em aeroportos, para garantir, após 15 horas ou 20 horas de espera, o embarque e a viagem.

Luís II, o impugnável, sempre alheio ao que passa ao redor, não se deu conta de o país estar parando, no que diz respeito ao transporte aeroviário, porque os subordinados dele, os controladores de vôo, simplesmente não querem mais trabalhar, para prestar o serviço àqueles que os sustentam à força nos tributos - em especial, nos altíssimos, das passagens e das taxas de embarque.

Luís II, o impugnável, deve sofrer retaliação pública, agravo total, de quem lhe paga o gordo salário, sem falar nas mordomias, e, também, aquela farsesca aposentadoria por 30 dias de cana, mui bem aplicados por sinal, pela bagunça em uma greve do ABC, ao tempo em que ...

Luís II, o impugnável, deveria estar em Brasília, tratando de fazer o sistema aeroviário voltar ao funcionamento. Mas ele, que não gosta de ler, já confessou, tudo indica, até pelo seu passado de sindicalista, também não é muito chegado ao expediente, hipotetiza-se. Que dirá resolver problemas.

Um presidente que toma banho de mar, enquanto o pau está comendo, literalmente, na metáfora, nos aeroportos, por obra e desgraça de um funcionalismo arrogante e ditatorial, escravizante e não funcional, não é um presidente; é uma ..... instituição de uma desbaratada república duvidosamente constitucional.

Chega! Basta! Todos às ruas! Pela impugnação! - afinal, o desvio é confesso, provado e comprovado. Bem como as tentativas de remendo.

O suicídio de um liberal

O deputado federal Onyx Lorenzoni (PFL/RS), reeleito com 111 mil e tantos votos, suicidou. Todo o discurso da frugalidade estatal, quando concorreu e se elegeu, duas vezes, deputado estadual, em 1994 e 98, foi por água abaixo. Ele não é menos estatista do que qualquer outro parlamentar do esquerdismo brasileiro.

Na edição de hoje, 02/11, do diário de luxo do RS, ele defende que seja triplicado o salário do governador do Estado. Lorenzoni sabe do que fala. É a primeira vez que seu partido chega ao Executivo gaúcho, na pessoa do vice de Yeda Crusius (PSDB). PFL aliado a PSDB só poderia dar nisso: adeus ao discurso da prudência e da frugalidade estatal e a defesa sem peias da luxúria paga pelo povo empobrecido pelo Estado. Lorenzoni poderia, desde já, filiar-se ao PSDB. Sua permanência no PFL se tornou esdrúxula.

Ele lembrou que o salário de governador é de R$ 7.140,00 e que é "demagogia" não defender a equiparação ao de desembargador, de R$ 22 mil e uns quebrados.

O liberal suicidou com o cianureto do estatismo. Já são poucos e os que há ainda se matam.

Politicamente falando, é claro.

Mais um mandato ou dois e ele estará pronto para se filiar à turma? Ou será que ainda há tempo para ressucitá-lo nas hostes do liberalismo?

Ele já tinha mostrado pouca afeição ao ideário que supostamente defende, quando foram revelados os seus gastos com publicidade e com gasolina.

Agora, entornou o caldo.

Menos um.

Reféns dos sindicatos

É dia 02 de novembro, oremos por aqueles que nos deixaram, há muito ou há pouco.

Mas isso não será possível, in loco, pelos que honram a memória de seus antepassados, ou sucessores, no triste caso de os pais contemplarem a morte de seus filhos.

Não será possível porque a república sindicalista petista começou o segundo mandato no dia 27/10, atormentando a vida de quem lhes sustenta o gordo salário. Gordo, sim, em um país no qual a iniciativa privada não consegue pagar mais do que três mínimos, para dois terços de seus trabalhadores. Gordo, sim, em um país no qual o governo se apropria de 40% da vida produtiva das pessoas e ... pasmem ... divulgou o IBGE, reduz leitos hospitalares em todo o país, justo na era do príncipe dos trabalhadores, cuja cama foi arrumada pelo dos sociólogos. Unidos para depauperar a vida de quem os sustenta.

Os do governo sindicalista falam em chamar aposentados de volta, falam em contratar mais controladores de vôo, falam em rever os salários, mas a única coisa que não fazem é valer a disciplina, a responsabilidade, a probidade, a hierarquia.

E, por falar em hierarquia, os controladores de vôo são civis e militares. Os militares estão em clara violação da hierarquia. Não estão??

O país afundou, definitivamente, na bagunça, na desordem institucional, pois não há comando, só leniência com a omissão. Os únicos que continuam a obrar e a responder por suas obrigações são os não políticos, os produtivos, os que, do lado de cá do balcão estatal, sustentam a farra da irresponsabilidade, da desordem, da desobediência, do sadismo estatista.

Governo decente e que zela pela liberdade das pessoas é aquele que ordena: trabalhem, honrem seus proventos, acima da realidade econômica do país, senhores controladores de vôo. Mais uma classe social desmoralizada pelo nacional-socialismo trabalhista - após os que legisferam e os que judiscalham.

Mas os cidadãos de bem, os produtivos, os que trabalham, geram e circulam riqueza, apesar de o governo não se entregarão. Exercerão a liberdade primordial, pré-estatal de negar, de ocultarem-se do estado, expropriador e tolerante com a desordem e a falta de respeito.

Cidadãos, pagadores de tributos (contribuinte, não, pois a contribuição pressupõe a espontaneidade), compradores de passagens aéreas revoltam-se em todo o país, leio na página do Terra, na web. Tentativa de invasão de aviões, ataque a guichês de companhias aéreas ... o povo deveria canalizar a sua raiva para outro lado.

Ontem, Luís II, o impugnável, disse que somos reféns dos controladores de vôo, mostrando estar surpreso. Pobre dele, não sabia, ainda. Somos reféns, não, excêlência, pois tu não és, pois teu avião decola quando queres, com preferência no espaço aéreo.

Tudo indica que o governo está investindo no caos, para, dele, surgir o salvador da pátria. E você esperava o quê? - de um governo de sindicalistas, de grevistas, de opressores da liberdade e aviltadores da propriedade?

Dane-se a classe-média que reelegeu. Dane-se a classe alta que reelegeu. Danem-se os políticos presos, eles também, em aeroportos, pela bagunça que criaram e mantiveram.

A greve dos controladores é um ato de ofensa máxima ao povo que lhes paga o salário. É um ato hipoteticamente orquestrado com o governo, cuja incapacidade de fazer valer a hierarquia depõe contra a hipótese de sua não participação neste quadro dantesco do inferno estatal.

Chega!! Basta!! Está mais do que na hora de o povo ordeiro e pacífico, que sustenta esta máquina de moer carne humana - o Estado "o mais frio dos monstros frios", no dizer de Nietszche -, apresentar-se e exigir idoneidade, eficiência, trabalho, hierarquia, que é o que os governantes lhe devem. Há muito, desde a era do príncipe da sociologia, do coronel moderno do Maranhão, e dos delírios nacionalistas da comunidade castrense.

A situação da aviação comercial é a prova cabal e acabada da inapetência para gerenciar o país. Sim, gerenciar, pois os patrões somos nós, como bem lembrou a justiça eleitoral. Só que, pegos com a boca na botija, ela não vai demitir o gerente.

Vem aí a ditadura do nacional-socialismo trabalhista do impugnável. O caos na aviação comercial é a ponta do iceberg. É a tentativa de ele se apresentar, mais uma vez, como ignorante, pois não sabia de nada, e como salvador da pátria.

Chega! Basta!

Quem é que vai entrar na Justiça contra o governo federal? - por sua intolerável omissão em garantir o ir e vir, por sua falta de hierarquia, por estimular, por inoperância e blablablá a desordem e o caos na vida de quem lhes sustenta o salário.

Chega, é demais. Urge a impugnação, urge o impedimento. Quem vai sair às ruas? Quem?

E aí, beleza??

quarta-feira, novembro 01, 2006

27/10 - data do segundo mandato

O segundo mandato de Luís Inácio começou dois dias antes de o segundo turno. O novo velho governo começou na sexta-feira, 27/10/2006, com a "greve branca" dos controladores de vôo. É a manifestação clara, visível e inquestionável do poder coletivista dos sindicatos sobre a população que trabalha, mesmo, e sustenta os demais.

O mundo se divide entre produtivos e políticos. Entre os produtivos estão aqueles que prestam serviço, mas disputando clientes com a concorrência. Entre os políticos, estão os controladores de tráfego aéreo, pois o serviço é provido unilateralmente pelo Estado, pelo servidor público. Eles não estão sujeitos à concorrência. Eles são pagos pelos impostos de todos, inclusive pelos que não compram passagens aéreas.

A operação-padrão mostra que o governo cobra e oferece se quer, quando bem entende. Dane-se quem paga pelo serviço. O caos na aviação comercial, com enormes prejuízos à vida das pessoas, não trará nenhuma conseqüência aos artífices do caos - os controladores de vôo.

A greve branca, para terem aumento, trouxe mais um paradoxo que delicia o filósofo liberal.

Quando o controle de tráfego aéreo funciona bem, a aviação comercial vai mal. Quando o controle de tráfego aéreo vai mal, a aviação comercial vai bem. A aviação comercial é privada, o controle de tráfego aéreo estatal. Precisa dizer mais?

Houve periódico diário que comparou os salários dos controladores de vôo brasileiros com o salário de seus colegas nos EUA. A diferença é de seis vezes. Assim sendo, os controladores de vôo estão ganhando bem demais, pois os dois países tem um abismo de 12 vezes em riqueza. Não há como um funcionário estatal ganhar, no Brasil, o mesmo que nos EUA. Deveriam receber, aqui, 12 vezes menos do que seus colegas dos EUA. Mas a diferença é de seis vezes.

Mas, bah! Está mais do que bom.

Enquanto isso, o sofrimento, ao povo que paga à força pelo controle aéreo, permanece. E a república sindicalista coletivista, dane-se quem trabalha e paga por ela, floresce.