segunda-feira, outubro 31, 2005

A destruição do mercado

[Exclusivo na web.]

O público pode reduzir meus lucros a qualquer momento que deseje - ao se recusar a comprar o meu produto.
Hank Rearden, industrial do aço, na novela "Quem é John Galt?"

... o estado nazista intervinha em todos os níveis de atividade econômica, regulando preços, salários, dividendos e investimentos, limitando a competição e estabelecendo disputas trabalhistas.
Richard Pipes, historiador, em "Propriedade e Liberdade"

Em Porto Alegre, um juiz de direito, em varal cível, concedeu liminar a uma ação do Ministério Público Estadual, determinando que quatro postos de combustível mantenham uma margem bruta máxima de 14,1% no preço da gasolina. O MPE moveu 17 ações por "prática de preço abusivo". O promotor autor da ação justificou as ações, dizendo que o preço é liberado, mas, assim, como há a lei de livre mercado, ela deve ser equilibrada com o princípio de defesa do consumidor. O MP investiga os preços em 161 postos da capital desde fevereiro de 2004.

Ou seja, ele é a favor e é contra o livre mercado. Pois, se há defesa do consumidor, não há livre mercado. O consumidor se defende evitando comprar, isso força a baixa, se é que há livre mercado.

O ato é intervencionista e descabido. Por que o promotor não entra na Justiça contra o aumento de 20% na alíquota do ICMS dos combustíveis, eletricidade e telefonia, proposta por Germano Rigotto em janeiro passado; majoração aprovada pelo Legislativo gaúcho? Por que ele não entra com uma ação contra o fato de a estatal do petróleo deter o monopólio do refino no país? (Exceto duas pequenas refinarias, que não conseguem trabalhar, vide a manipulação interna do mercado pela estatal.) Por que ele não entra com uma ação pelo fato de a gasolina ser adulterada na origem com 25% de álcool? Por que o país é dominado pela ideologia intervencionista, que ignora as forças básicas do mercado, mercado que não existe, porque o governo detém 70% dos créditos do país?

Por que ele não entra com uma ação na Justiça para o Banrisul distribuir ao povo gaúcho o resultado dos lucros, afinal o povo gaúcho paga 5% da receita do Estado para manter o Banrisul aberto (quase dois milhões de reais ao dia)? Por que o consumidor não é defendido neste caso? Afinal, todos os gaúchos são, à força, sócios, logo, clientes, do Banrisul - investem nele e esperam retorno.

No momento em que um comerciante pratica preço abusivo, mesmo, o consumidor limita isso, simplesmente se recusando a comprar daquele comerciante. O promotor falou em postos que praticam margens de lucro de até 25%. Ora bolas, 25% de margem de lucro não é abuso. Afinal, o que é margem de lucro abusiva?

Uma reclamação dos porto-alegrenses está no fato de os postos subirem o preço dos combustíveis na véspera de feriados. Se é fato que os postos subiam o preço antes dos feriados, isso demonstra apenas um fato básico do livre mercado. A procura aumenta, o preço sobe, se não, pode faltar combustível.

Mas o que pode fazer o consumidor, para se defender? Simples, abastecer antes, bem antes do feriado. Ah, mas e se ele tiver que rodar muito, antes do feriado e só possa abastecer na véspera, pegando o preço majorado? Ora, estoque combustível. Mas isso é proibido pelo governo - não há esta liberdade. Defesa do consumidor? O consumidor pode ser enganado, uma vez. Basta não abastecer, não viajar, forçar o vendedor a reduzir sua margem, naturalmente.

Por que o promotor não entra com uma ação para reduzir o percentual tomado pelo governo no preço final da gasolina, que é de 53%? No RS, com ICMS majorado pelo parlamento (no Brasil, povo com parlamento é povo escravo), é ainda maior o percentual do governo, confiscado em cada litro de combustível que abastece cada veículo.

No momento em que um promotor acha que pode determinar a margem de lucro de um negócio qualquer, por que ele não limita os altos salários dos juízes de direito, fora da realidade econômica do país? Por que ele não limita seu próprio salário, também fora da realidade econômica do país? Por que ele não limita a margem de lucro da estatal do petróleo, que bate recordes de lucro, ano após ano? Lucrou R$ 15,5 bilhões em 2003 e R$ 17,9 bilhões em 2004. Por que ele não entra com uma ação para a estatal reduzir sua margem de lucro, que foi de R$ 9,951 bilhões no primeiro semestre de 2005?

Não, isso, não! É mais fácil apontar as armas, que garantem o cumprimento das leis, para pequenos comerciantes, escravos que são de um estado tributarista e interventor.

O nacional-socialismo, isto é, o "livre mercado" com funcionários públicos intervindo em nome do bem público, está mais vivo do que nunca no Brasil. Adolf Hitler perdeu a guerra, mas suas idéias governam em boa parte do mundo.

domingo, outubro 30, 2005

Portaria determina fechar postos

Posto Esso da rede Servacar, na esquina da avenida Getúlio Vargas com a rua José de Alencar, bairro Menino Deus, Porto Alegre, terá de fechar suas portas.

Felix qui potuit rerum cognoscere causas (feliz quem possui das coisas o conhecer das causas) reza o velho adágio do poeta Virgílio. O que causa o fechamento de 27 postos de combustíveis e a eliminação de 600 postos de trabalho no Brasil? Feliz aquele que disse: o governo é a origem e a causa da pobreza da nação - logo entristecido, pela descoberta, que assim fez.

Em data a ser definida à primeira quinzena de novembro, a Servacar, subsidiária da distribuidora Esso, vai fechar o posto na esquina de Getúlio Vargas com José de Alencar, um tradicional endereço automobilístico no Brasil, pois conta, já, com uns 70 anos, a existência de um posto naquele local.

A portaria 116 de novembro/03 da estatal Agência Nacional do Petróleo, proíbe que distribuidoras de combustíveis tenham postos de abastecimento. Como a rede Servacar pertence à Esso, fica obrigada a fechar. A Esso detém 8% do mercado de distribuição de combustíveis no Brasil.

Segundo a imprensa da ANP, há processo administrativo sobre a rede da Esso. E foi dela a decisão de fechar os 27 postos. Mas a 116 é clara, quanto à proibição de eles existirem.

Que país é este, no qual uma portaria impede uma empresa de vender e contratar, que impede as pessoas de trabalhar e de comprar? É um que permite a empresa privada, porém sob restrições e comandos da burocracia estatal. O modelo é quase igual ao da Alemanha governada pelo Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores, capitaneado por Adolf Hitler, um eleito.

A Esso terá de passar seus 27 postos para franqueados. No posto do Menino Deus, 27 pessoas ficam sem trabalho, já em novembro.

O objetivo da 116 é o de "impedir a verticalização" - que as distribuidoras pratiquem preços abaixo do mercado. Enquanto isso, reclama-se de cartéis e preços altos e se esquece do monopólio estatal do refino e da adulteração (os 25% de álcool adicionados à gasolina).

Metralhadora Giratória - Outubro 2005

A foto que leva bala nesta edição ...
Marco de pedra na Rótula do Papa, próximo ao Estádio Olímpico, do Grêmio Foot-Ball Club, em Porto Alegre, serviu de escudo: efeito marginal do futebol.

Não é só o delinqüente, que não tem respeito pelo espaço público, no qual se encontram as pessoas privadas. Em dia de futebol, no da vitória do Grêmio sobre o Náutico (22/10), os torcedores, na pressão e sem sanitários, usaram, abusando de, o bem comum, que lhes serviu de mictório. Talvez a futura proibição do futebol reduza as muitas cenas assim.


Sobrou somente o volto nulo, para quem tem nojo
O PT (vestal do templo revelada), o PFL (se diz liberal, mas aumentou tributos aliado a FHC), o PSDB (o que mais dinheiro deu aos invasores do MST), o PP (suposta sigla liberal-conservadora) têm todos nomes listados no mensalão. Ah, e tem o PTB, também, uma espécie de trabalhismo conservador. Uau!! O que será isso?? Vai encarar??

Para quem vota (à força, claro), nesta diluição em que virou a república brasileira, há uma só alternativa, no ano que vem. Voto nulo, não para alimentar os ideais anarquistas, mas, sim, para mostrar a eles, senhores de escravos, que só mandam em nós com a nossa chancela, nós que somos suas vítimas. Voto nulo, para desautorizar a escravidão ao deus-estado!! Nulo.

Eles querem ampliar a escravidão
Adolf Hitler perdeu a guerra, mas os seus ideais de intervenção estatal na vida individual estão vivos, na organização que une nações, que é ainda mais ousada, do que o trabalhista nacional-socialista; vide o antitabagismo. E os burocratas manda-chuva dela já falam em criar uma organização internacional da tributação, para controlar o quanto vão sacar de todo o mundo, para lhes sustentar gordos salários e viagens. Nojo.

Fim da propriedade
És rico, fuja do país. Projeto de lei de um senador, de partido supostamente liberal, quer desapropriação de imóvel urbano, que esteja sem uso há mais de cinco anos. É a vitória do nacional-socialismo, é o fim do direito de propriedade. Os ideais trabalhistas de Hitler, enfim, dominam. Heil, mein führer!!! Primeiro a violação da propriedade, depois, o campo de concentração.

Indecência no ar
A classe dominante, assentada no parlamento, proibiu, em rádio e televisão, qualquer comentário sobre o favorecimento a bandidos (desarmamento). Só frentes parlamentares falaram sobre o assunto. E o "convite" do governo, a que se votasse, dia 23, era um acinte, pois o voto é obrigatório, criação típica de uma ditadura bem disfarçada. O medo venceu a esperança. Há muito.

Ditadura revelada
Deu em ZH, que um milhão de pessoas, em esmagadora maioria funcionários públicos (eleitos e concursados), teriam direito a porte e a munições, vencesse o Sim. É a prova cabal: vive-se em uma ditadura escravagista da burocracia.

Trajetória singular
De molusco cefalópode a mamífero murídeo pluricaudal, com as extensões vertebrais presas a burras bem fornidas. Haja evolução!!

Ministro nega aquilo que pratica
O ministro da Fazenda recusou que países em desenvolvimento, caso eterno do Brasil, entrem no rateio para perdoar dívidas de países pobres, junto ao FMI e ao Banco Mundial. É estranho, pois o chefe dele perdoou quase 400 milhões de dólares em dívidas de países pobres com o Brasil. Isso de perdoar tais dívidas resume-se na maluquice de dar dinheiro aos ricos de países pobres, dinheiro retirado dos pobres de países ricos. É a globalização tipo nações unidas, uma imoralidade a ser eliminada.

Mais uma proibição faz-se necessária
Os casos de violência no futebol voltam ao noticiário. Não significa que não existissem mais. Uma, apenas uma, morte em briga de torcida deve ser o suficiente e o necessário, para o governo federal embarcar em mais uma proibição, com o objetivo de evitar mortes (é o mote do desarmamento, evitar mortes, ao menos uma). O governo federal deve proibir, imediatamente, o futebol. Afinal, a atividade econômica é o que menos interessa, ao nacionalismo socialista. O mais importante é salvar vidas. E, sem o futebol, não haverá tumultos de torcida, que levam a reações da polícia. E, por falar em proibição, a próxima seria a do veículo automotor, pois seu uso mata mais gente do que na guerra de traficantes. Topas?

Ao fumante, escravidão aumentará
A ONU quer acabar com as lavouras de fumo. Dos dez países produtores, nenhum assinou a tal Convenção Quadro. No congresso, os eleitos pressionam pelo fim da lavoura, cassar a liberdade de plantar e de industrializar. Ditadura. Mas as pessoas não vão deixar de fumar. De maior exportador do mundo, o Brasil vai virar importador de cigarro. Pior. Estão sugerindo que se cobre um imposto de R$ 0,50 em cada maço de cigarros, para financiar a transformação das lavouras. É típica medida ditatorial, socialista, intervencionista a ser repudiada. Resistência, já. Topam?

Nova fábrica de armas se registra
Em plena era do desarmamento, uma fabricante de armas européia registrou firma no Brasil, endereço no bairro Itaim, SP. A fábrica deverá ficar em Campinas. Não é estranho que esta firma esteja se instalando, justo agora? É a austríaca Glock, cujas armas substituiram as feitas pela gaúcha Taurus no arsenal de segurança do Planalto. Não é a primeira vez, que este governo atinge a economia do RS. Não será a última. Chega.

Senador revê seu ideal contra armas
Zambiasi, Paim e Simon votaram pelo desarmamento, trabalhistas que são. A 06/10, Zambiasi disse que o desarmamento será bom só para os bandidos. A 17/10, Simon reconheceu o erro de seu voto. No RS, 85% são pelas armas. Pedro Simon precisa se reeleger em 2006. Negue-lhe.

Febrão - Primeiro, a culpa pela aftosa no Mato Grosso do Sul era dos fazendeiros, disse a lelé. Depois, a bola era do governo. Ela anunciou situação sob controle, no mesmo dia em que novos focos eram detectados. O governo arrecadou, mas não destinou verbas para o controle.

Raios & Trovões - Outubro de 2005

Chuvas que esgotam a engenharia
Há que se reconhecer, que a nova administração tem um zelo maior do que a predecessora, no que diz respeito à manutenção da rede pluvial da cidade, a cargo de um departamento próprio, criado em 1973, que deveria ter mais verbas, dado o relevo da cidade (morros e várzes) e o modelo estatal. Nos primeiros 20 dias de setembro, choveu em 14 deles. E a cidade escapou dos alagamentos crônicos. Mas, infelizmente, das chuvas de outubro, não se logrou evitá-los.

Na primeira semana do mês, muitos pontos crônicos voltaram a ficar alagados. Entre eles, a avenida Padre Cacique no trecho próximo ao Asylo. Aliás, raios e trovões, aquele trecho foi beneficiado, supostamente, por uma obra de R$ 3,4 milhões, que, quando chove forte, dizem os técnicos, ultrapassa a previsão da engenharia, pois "o maior evento em drenagem ainda está por ocorrer", no linguajar próprio.

Mil raios! O maior evento em drenagem conhecido ocorreu em 1941.
As drenagens da Pe. Cacique e da José de Alencar levam à tal bacia de contenção no parque Marinha do Brasil, que, por inércia, transformou-se, no verão passado, em um criatório gigante de mosquitos.

Correção do publicado
O redator retrata-se do publicado na edição passada e pede desculpas a bigodão e a bigodinho, os primeiros da estrela amarela a governar Porto Alegre, se se sentiram atingidos. Sua administração, probíssima e íntegra, é um marco na história da capital.
Matriz de andarilhos
Por que 19% da população urbana acordam duas horas mais cedo e vão a pé trabalhar? Acerta quem diz: a causa é a estatal do petróleo, que produz em real e cobra em dólar, gerando tarifas elevadas no transporte. Tem, também, o confisco, via impostos. O consumidor final paga a pé.
ISSQN no estacionamento
O problema de maiorias situacionistas é que o governo passa qualquer confisco no parlamento. A partir de janeiro/06 voltará a incidir 5% de ISSQN nos estacionamentos. O consumidor final pagará, mas o da Fazenda acha que não, pois "a margem de lucro do setor é alta", intrometeu-se.
Escravidão ao trabalhismo
Ativos e inativos na folha do Estado teriam de pagar um dia/ano de remuneração para seus sindicatos. Decisão judicial, depois reformada. No Brasil, sindicalizar-se é facultativo. Pagar, obrigatório, como os da privada já fazem.
O direito de ofender
A imprensa deve desfrutar de "um certo direito de ofender", ao defender os interesses do público, na crítica aos atos de governantes, lembrou Tasso Vieira de Faria, em obra de 1955. Ele foi professor na Filosofia / Ufrgs.
Ódio aos mais ricos
Na reta final da propaganda obrigatória em rádio e tv, a frente contra as armas apelou, contra os ricos, fazendo o típico discurso do ódio socialista e nazista. Raios!
Questão mal posta
"O direito de comprar uma arma é só para o rico", dizia a bonitinha, não atriz, na propaganda do sim, à proibição de armas. É assim, porque o governo onera o custo, mil raios! Tinha comunista mentiroso ao teclado do computador, óbvio.
Viva a nova língua cara de pau
Mil raios! Ele disse aos camaradas que eles erraram, mas não são corruptos. O crime é o seu normal.
Na reta final
E, na reta final, para o referendo nojento do comércio de armas, a rede Tefaz de Bobo investiu pesado no falso esclarecimento.
Democracia escravagista
Leis são feitas por alienados do povo. E tem quem queira "participação". Tire-se o poder da burocracia (eleitos e concursados).
O banco estatal
Seu saneamento, assinado por Britto, custa 5% da receita estadual ou R$ 863.885.844,55 em 2005 (R$ 2 milhões, 366 mil, 810 e 53 centavos ao dia). O RS é "dono" de 51%. Lucrou R$ 174 milhões no primeiro semestre. O senhor ou a senhora receberam a sua parte?
Imagine em segurança
O orçamento da Segurança (inclui Detran, presídios, perícias) é de R$ 3 milhões, 20 mil e 451/dia.
Mais escravidão
Está vindo aí o parlamento do mercosul, aos escravos de sempre pagarem mais gordos salários.

Veneno na Câmara - Outubro de 2005

Três vereadores trocam partido
No apagar das luzes do prazo para filiações partidárias, três vereadores abandonaram o partido pelo qual se elegeram e bandearam-se para outras margens. São eles José Ismael Heinen, que saiu do socialista PSDB e foi para o conservador PFL; Carlos Garcia, que saiu do socialista PSB e foi para o comunista PPS (ex-PCB, onde está Fogaça); e Maristela Maffei, que saiu do neo-bolchevista PT, para o socialista PSB.

A lei eleitoral deveria exigir que os eleitos terminassem o seu mandato, e os impedisse de se candidatarem a outros cargos, como fazem hoje. E deveria exigir que eles terminassem o mandato no partido pelo qual lograram o êxito de se elegerem, ao contrário da facilidade atual.

Motivo da troca
Em conversa com o redator, o vereador José Ismael Heinen revelou sentir-se desconfortável no PSDB, pois ele é militar, reformado, e percebia resistência à sua biografia. O redator lembrou-lhe que o PSDB é uma sigla fundada por socialistas (Serra, FHC, Aloísio, etc); e que o tratamento restritivo dado a ele era inevitável.
O mito da gratuidade
Uma vereadora petista e uma vereadora comunista lograram a-provar na Comissão de Constituição e Justiça, um projeto que institui transporte escolar gratuito, para alunos das escolas municipais, que não conseguem arcar com a passagem. Gratuito, é??
Para ser gratuito, o motorista deve trabalhar sem receber, o tanque será abastecido sem pagar ao posto, o veículo, sem pagar à revenda e à fábrica. Não entendem como as coisas funcionam ou pregam caridade à força? Ou ambos?
Intervencionismo
Para o "gratuito" ser possível, é preciso sacar dinheiro de quem trabalha, através dos impostos, sem perguntar se o sacado aprova ou se pode pagar o transporte de outrem. O povo não tem como pagar ônibus devido aos elevados impostos que paga, em tudo.
Confisco da propriedade
Um economista como Ludwig Von Mises classifica os impostos como "confisco parcial da propriedade"; sinônimo, então, de "saque". Muitos vereadores defendem ideais nacionalistas e socialistas; defendem viver do confisco do alheio e ainda lhe dizer como trabalhar. Mas podem se sentir injuriados, pela alcunha ‘nazista’, e difamados por "viver do saque". Se a realidade desonra, ...
Imprensa marrom?
Vereador comunista correligionário do deputado federal Aldo Rebelo, afirmou: "Ao contrário do que a imprensa marrom diz, a vitória de Aldo Rebelo foi digna". Quando a imprensa ajudava a derrubar seus inimigos políticos, era preto no branco. Agora, que socialistas e comunistas foram revelados na corrupção, a imprensa é marrom. A eleição de Rebelo foi obtida via emendas parlamentares no orçamento, liberadas a isso, mas se chama "dignidade". O comunismo venceu e poucos perceberam.
Falha jurídica
Bernardino Vendruscolo, PMDB, tramitou PLC e o aprovou, parcelando as dívidas de ITBI (imposto cobrado pelo Município, para mudar a titularidade de um imóvel: confisco). O prefeito vetou, pois matéria tributária é originada exclusivamente no Executivo. Ao Legislativo cabe alterar, mas não iniciar. Qualquer vereador sabe disso. Então, como é que passou na CCJ? E no plenário? O veto foi mantido. Custa caro criar uma lei. Os vereadores e seus funcionários deveriam zelar melhor pelo suado dinheiro do povo.
Isso é a tal de "democracia"?
Pouca atividade??
A Comissão de Saúde e Meio Ambiente debateu a implantação dos chimarródromos, aprovados em lei, junto a representantes de secretarias. Os vereadores querem preservar a tradição. Ora, bolas, ela é preservada espontaneamente, não precisa de intervenção da ideologia trabalhista de vereador ou de prefeitura para existir. Sem falar que redigir e aprovar leis custa dinheiro grosso do povo, que paga através do "confisco parcial da propriedade" (impostos).
Perdido em palavras
Um secretário, presente ao debate do chimarródromo, alertou que os ervateiros deverão conduzir a doação de erva de forma auto-sustentável. Toda e qualquer atividade, para permanecer, deve ser auto-sustentável, ora bolas.
O que houve com o idioma?
Água e erva serão gratuitas.
Ahh, o gratuito, de novo.
Dano ambiental?
São 34 as famílias que acorreram aos vereadores, devido à sua situação, no Recanto da Lagoa, bairro Rubem Berta. Elas se recusam a sair, porque não aceitam o alegado "dano ambiental". Toda a presença humana na face da terra é dano ambiental, segundo a visão preservacionista. Ora, voltemos às cavernas, para preservar.
Pagar, sim; rodar, não
Adeli Sell (PT) quer instituir o Dia Porto-Alegrense Sem Meu Carro, anualmente a 22/09. É adepto de pagar ipi, ipva, icms, cide, deve; rodar, não pode. Quem sabe os vereadores renunciam a um dia de salário? Ao menos propôs adesão livre ao tal dia. Primeiro, livre, depois, obrigatória. Espere e verá.

quinta-feira, outubro 20, 2005

Vitória Nazista

[exclusivo na web]

Os ideais nacionais-socialistas, um conjunto de práticas políticas da ordem do trabalhismo (variação do coletivismo) estão vivos e fortes no Brasil, praticando o "confisco parcial da propriedade" (definição de Ludwig von Mises, em "Intervencionismo, de 1941). No caso, aqui, é o confisco via imposto sindical.

O Brasil é um país escravagista. Os senhores de escravos são a burocracia estatal (eleitos e concursados) e os seus acólitos protegidos e apoiadores - gente como sindicalistas, de todos os matizes.

Deu no jornal Zero Hora de hoje, de Porto Alegre, que os ativos e inativos na folha do governo do Estado/RS terão de pagar um dia ao ano de sua remuneração para o imposto sindical, que vai sustentar gente que ... sabe-se muito bem. O montante do saque vai a R$ 14 milhões em 2005, foi divulgado.

Quem vive à força, do dinheiro dos outros é saqueador do trabalho alheio. Assim é no Brasil.

"Then you will see the rise of men of the double standard - the men who live by force, yet count on those who live by trade to create the value of their looted money - the men who are the hitchhikers of virtue. In a moral society, these are the criminals, and the statutes are written to protect you against them. But when a society establishes criminals-by-right and looters-by-law - men who use force to seize the wealth of disarmed victims - then money becomes its creators’ avenger. Such looters believe it safe to rob defenseless men, once they’ve passed a law to disarm them. But their loot becomes the magnet for other looters ..." - Francisco D’Anconia - personagem de "Atlas Shrugged" ("Quem é John Galt?"), no discurso a favor do dinheiro (página 413, edição dos 35 anos, Dutton Books, New York, 1992).

O redator do blog faz a sua tradução:

"Então você verá o surgimento de homens de duplo padrão - os homens que vivem pela força, mas, ainda assim, contam com aqueles que vivem do comércio, para criar o valor do dinheiro que eles saquearam - os homens que são os caroneiros da virtude. Em uma sociedade moral, estes são os criminosos, e as normas são escritas para proteger te proteger deles. Mas, quando uma sociedade estabelece criminosos-pelo-direito e saqueadores-pela-lei - homens que usam a força para tomar a riqueza de vítimas desarmadas - então o dinheiro se torna o vingador de seus criadores. Tais saqueadores crêem ser seguro roubar homens indefesos, uma vez que eles aprovaram uma lei para os desarmar. Mas o seu saque se tornar o magneto para outros saqueadores ..."

Para um defensor do laissez faire como o redator deste blog, Ayn Rand fornece todas as chaves para a economia de mercado, e o espírito humano que o alimenta, viabiliza, constitui e o faz permanecer.

O Brasil é um país centralista, de senhores de escravos, os do governo/Estado, disfarçado em república federativa com homens livres. A CF de 1988 torna facultativa a filiação a sindicato. Mas impõe o pagamento de um dia por ano (horror) do trabalho das pessoas para sustentar sindicatos. É saque, é roubo, é o ataque a homens desarmados. É, no enquadramento de Ayn Rand, a legalização do crime.

E nada se pode fazer, pois o saque foi aprovado em decisão judicial, conforme divulgado nos jornais de hoje, em Porto Alegre.

sábado, outubro 15, 2005

Vitória parcial das armas

[Publicado somente na web]

Pesquisa do Ibope divulgada na noite de 14/10, pelo Jornal Nacional da Rede Globo, grande interessada no desarmamento, é sabido de todos, mostrou que 49% dos entrevistados são pelo Não à proibição da venda de armas e munições e 45% pelo Sim à proibição da venda de armas e munições. O resultado não deixa de surpreender, pois, em termos nacionais, o Sim sempre venceu em pesquisas de opinião, antes de a campanha ditadora dos políticos (só as frentes parlamentares podem falar no rádio e televisão, os jornalistas e o povo foram excluídos).

Não surpreende que, entre os maiores apoiadores do Não, estejam pessoas com maior escolaridade e renda. Quem sabe, sabe, é claro. É argumento a favor dos que entendem que pessoas mais instruídas entendem melhor das coisas.

O referendo sequer deveria existir, pois ele dá uma falsa aparência de democracia, de participação da vontade popular. Mas ele não passa de mais uma prova de que a democracia pode servir para interesses e fins ditatoriais.

Por que não um referendo que aprove uma lei impedindo uma pessoa de ter mais de um imóvel residencial? Ou que impeça uma pessoa de ter mais de R$ 50 mil depositados na poupança? Ou que impeça um sujeito de ter mais de um automóvel, afinal tantos não têm sequer um? Por que não fazem um referendo contra a existência do automóvel ? - afinal, morre mais gente em acidentes de trânsito do que por armas de fogo, no Brasil, provando a índole negligente e violenta de uma boa parte da população - muitos a favor do SIM. (Lembram da campanha "Não faça de seu carro uma arma, a vítima pode ser você"?)

Não devem ser feitos referendos, se não por razões mais filosóficas, pela simples lembrança de que Hitler assumiu poderes plenos - e ditatoriais - após um referendo, em que isso foi aprovado pelo povo alemão - não, não o povo culto do ilumismo, que apoiou o nazismo, como surpreendeu-se Horkheimer. A maior parte do povo alemão não tinha passado pelo iluminismo, somente as pessoas mais cultas. Ora, um terço dos membros do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores da Alemanha, já no seu início, era de operários da indústria. Triste, para os trabalhadores, que os governos feitos em seu nome e com seus ideais de melhorar o mundo, via intervenção estatal, acabaram resultando, se não em guerras e miséria, em mais pobreza - material e espiritual. Evite o trabalhismo, variação do coletivismo.

A colunista de política de Zero Hora, maior diário de Porto Alegre, se não isso, ao menos, o mais chique, óbvia simpatizante do PT e da agenda da ONU (no que se inclui o desarmamento), debitou a aparente derrota do SIM à proibição de armas e munições à força da propaganda - as mensagens da frente parlamentar pelo Não foram mais eficazes, arrazoou.

Mas ela se esqueceu de dizer que a turma do SIM foi desmoralizada, mentindo, para obter a vitória. Talvez isso, o tiro no pé, e não os argumentos a favor do Não tenham sido decisivos para a vitória apertada e dentro da margem de erro dos que são a favor da venda de armas e munições.

Agora o que desmoraliza a tese dela está no número apurado pelo Ibope, o de que apenas 12% mudaram de idéia ao acompanharem a propaganda do referendo das duas frentes; 90% disseram estar acompanhando as peças na televisão e no rádio.

Os números do Ibope apontam para uma suspeita. Não eram os números anteriores, pró desarmamento, uma inversão simples dos dados apurados e que foi a campanha do SIM que conseguiu empatar a questão? Afinal, davam 60 a 40 70 a 30 pelo desarmamento. Não seria o contrário? Fica a dúvida, a perder-se na noite dos tempos futuros.

A momentânea vitória do Não, segundo o Ibope (infelizmente o menos confiável, ao menos em eleições em Porto Alegre - é o que mais erra), pode, vendo o assunto através da mera propaganda, mostrar que não basta usar gente famosa, como os artistas da Globo e cantores simpatizantes de ditaduras coletivistas, para convencer as pessoas. Talvez o povo seja mais inteligente do que eles pensam. Ao menos, 49% dele.

O referendo é proposta equivocada, pois sequer deveria ter sido posto. Existem, vamos chamar assim, direitos primordiais à existência individual. Eles são anteriores ao fato de alguém viver dentro de uma sociedade-Estado. Um tal direito é o de propriedade: o de dispor do fruto do seu trabalho, antes, o de trabalhar livremente, para obter propriedade. Um tal outro direito é o de defesa. Um indivíduo deve poder escolher se irá ou não se defender de quem o ataca. E com que meios irá fazê-lo.

Se ele vive em uma sociedade industrial, por que não pode ele escolher ter uma arma de fogo em casa? Por que um referendo, que não foi debatido com a população, deve decidir isso, por um povo em sua maioria analfabeto e semi-analfabeto, em sua maioria pobre e submisso aos poderes do estado/classe política e burocrática?

A existência da lei do desarmamento e do referendo provam que a democracia representativa facilmente deturpa-se, corrompe-se na ditadura da maioria, como aliás, é bem sabido por muitos que lêem este artigo, já era preocupação dos homens que fundaram a maior, mais duradoura república do planeta, a dos EUA.

Enfim, para um nascido no Rio Grande do Sul, este é o estado da União (União? Que União?) onde há a maior aprovação ao Não. A região Sul apresentou índice de 65% pelo Não. O RS é o estado do Brasil onde há maior quantidade de armas por habitante: uma para cada dez. E o menor índice de homicídios no país: 12 a cada cem mil pessoas. Já o RJ, tem uma arma para cada 74 habitantes e 42 homicídios para cada cem mil pessoas.

VOTE NÃO VOTE NÃO VOTE NÃO VOTE NÃO VOTE NÃO

terça-feira, outubro 11, 2005

Correção legenda fotos

Da matéria que segue abaixo, corrijo a legenda das fotos.

Como sou de pouca prática nisso, as fotos não entraram como as via na tela de redação. Acima estão Ibsen Pinheiro e Rodrigo Constantino (da esquerda aa direita). Abaixo, André Carraro e Fernando Schüller.

Estamos condenados à corrupção










Da esquerda para a direita, o economista André Carraro, o cientista político Fernando Schüller, o vereador Ibsen Pinheiro (PMDB), o economista Rodrigo Constantino e, ao lado, o presidente do Instituto Liberdade/RS, o advogado Sérgio Lewin. Auditório do prédio 09, Campus da PUCRS, em Porto Alegre, noite de 10/10/2005.

Não está o Brasil condenado à corrupção, afirmou categoricamente o economista carioca Rodrigo Constantino, na quinta edição do "Ciclo de Debates Para Entender o Brasil", sob o tema "Corrupção: estamos condenados a ela?". Mas, se a notícia é boa, ela exige paciência. Para Constantino, o Brasil "levará décadas" para se livrar da corrupção endêmica existente no Estado/governos.

Ele foi o único dos quatro painelistas a se reportar diretamente à pergunta proposta para o debate. Constantino lembrou que, para uma empresa existir, a burocracia estatal "cria dificuldades, para produzir facilidades ilegais". Quanto mais burocracia, mais relações políticas e, no Brasil, a burocracia está "inchada". Leva-se "dez anos para fechar uma empresa", ilustrou.
A receita, para reduzir a corrupção, está na liberdade econômica, escassa no Brasil. "Os países mais livres economicamente são aqueles em que há menos corrupção", já foi constatado por pesquisas de entidades internacionais. Os mais livres são, também, os mais ricos e aqueles onde há menos corrupção.

"Somente reduzindo o volume de recursos que passam pelo Estado vamos conseguir reduzir a corrupção", foi categórico. A receita inclui privatizar todas as estatais, acrescentou ele.

O vereador Ibsen Pinheiro apontou as causas da corrupção envolvendo Executivo e Legislativo no modelo político adotado desde 1946, onde um presidente pode se eleger, sem ter maioria no Congresso, como ocorreu com Lula, que teve 52 milhões de votos e elegeu quase um quinto da Câmara. Isso leva à barganha política, cargos por apoio, ou até a compra de voto. A soma do presidencialismo com o voto proporcional uninominal é origem institucional da corrupção, para o ex-deputado federal, cassado por denúncias de receber dinheiro ilegalmente. A solução, para Pinheiro, seria, então, a mudança do sistema político institucional.

O economista André Carraro, o primeiro a falar, apontou que o tema da corrupção é hoje também um assunto do seu ramo, pois a abordagem econômica mostra o ato de corrupção como uma busca de maximização de renda, que envolve sempre o setor público e o setor privado. Fora disso, não se fala em corrupção. O fato de o Estado ser monopolista, para decidir sobre a vida econômica, como no caso de uma licença ambiental, favorece o surgimento da corrupção.

"O funcionário público é um agente que pode maximizar sua renda, pois decide sobre alvarás, licenças, quem vence licitações", apontou um foco da corrupção, pois as empresas descobrem que "precisam mais do que habilidade, mas de relações políticas", para conquistarem bons contratos.

O monopólio do setor público leva à corrupção, logo, deve haver liberdade comercial, para combatê-la. E, também, liberdade de imprensa, para que seja denunciada.

O doutor em filosofia Fernando Schüller classificou a corrupção no governo petista de "caso único" na história brasileira. "Não é a mesma de antes, pois ela tem, hoje, uma estrutura racional, visto o PT possuir a maior capacidade de cometer corrupção, já que possui a maior estrutura partidária do país". Ele lembrou que o governo FHC, no qual trabalhou, embora fosse filiado ao PT, "tinha menos capacidade de articular o governo politicamente do que o PT".

Schüller lembrou que o militante do PT "cumpre ordens à risca", segue uma "estrutura imaginária de missão", onde "o partido é maior do que o governo". E "só o PT tem isso", acrescentou.

A corrupção atual é, para ele, o "infeliz encontro de duas tradições, a velha, dos partidos fisiológicos, com a do neobolchevismo brasileiro". O PT é um partido que funde a esfera pública com a esfera privada do agente político, que se considera um transformador. O que o PT fez no governo, já tinha feito antes nos sindicatos e nos centros acadêmicos universitários, lembrou.

Schüller não respodeu à pergunta-título, mas, por sua palestra, infere-se que o Brasil estará condenado à corrupção, enquanto possuir no cenário político um partido como o PT e similares.

O debate ocorreu no auditório do prédio 9 do campus da PUCRS, que estava lotado, em Porto Alegre, na noite de 10/10, capitaneado pelo Instituto Liberdade/RS e pelo Instituto de Estudos Empresariais, e mais uma dezena de entidades de classe.

O presidente do IL/RS, Sérgio Lewin, abriu o seminário, lembrando que "temos de atentar às causas e não aos efeitos da corrupção". Em vez de se atacar a raiz do problema "só ouvimos o discurso da ética". E lembrou o pensamento de Lord Acton. Se o poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente.

(texto e fotos de Bertrand Kolesza)

sábado, outubro 08, 2005

Presidente apóia o mensalão

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Tenha sido mesada para aprovar projetos de governo, comprando o apoio, tenha sido "contribuição" para pagar despesas de campanha, no criminoso caixa 2, não interessa. Importa reconhecer que aquilo que passou para a história como ‘mensalão’ também beneficiou deputados do Partido dos Trabalhadores. Aliás, reconhecer é supérfluo, pois os fatos dispensam argumentos. Eles, do PT, em tese, não precisavam receber nada para apóiar o governo. Mas, e se resistissem a trair bandeiras históricas do partido? - como no caso da reforma da Previdência - alguns milhares de reais não ajudariam? - especialmente ao pagar dívidas de campanha.

A prova de que a compra de parlamentares está diretamente relacionada ao gabinete do presidente da República foi oferecida, na sexta-feira, 07/10, pelo próprio Inácio, ao se reunir com sua bancada federal. Suas palavras soam como uma confissão.

Ele não poderia ser mais claro e confesso. Faltou apenas a imprensa, pró PT até quando o acusa, ligar uma coisa à outra. O presidente disse, com todas as letras, aos deputados petistas na linha de cassação, que receberam dinheiro criminoso, que "Vocês não são corruptos; cometeram erros, mas não de corrupção." Seria de rir, se não fosse de chorar, ver que um presidente de uma República, como a do Brasil, não sabe o significado das palavras. Ou, sabe, mas ainda tenta iludir.

Pegos com a mão no dinheiro sujo, os petistas ainda tentam convencer os seus eleitores, que não são corruptos. Previsível, afinal, "corrupto" é a pecha com que combateram seus opositores na arena política, desde que surgiram (para falar só desse momento em diante). Assim sendo, eles não podem ser corruptos. Podem cometer erros, mas corruptos, não, isso eles não são.

Acontece que o ato corrupto outra coisa não é do que simplesmente a degradação, a deterioração, a deformação da conduta ilibada, proba, reta, sadia, íntegra, certa, não errada. Receber dinheiro não honrado pelo trabalho, de maneira indevida, confessadamente de caixa dois - que é crime - é ato corrupto. Mas, não, os petistas não podem um tal ato cometer. Afinal, eles são a antítese da corrupção, não são eles?

Não! Eles se provaram como a própria concretização do que o termo define.

Na pesquisa a um dicionário antigo, o "Diccionario Contemporaneo", edição póstuma, de F. J. Caldas Aulete, Lisboa, 1881, encontramos, para o termo ‘corrupção’, originado do latim ‘corruptio’, os sinônimos "depravação; perversão; desmoralização: A corrupção dos costumes. Suborno: empregou a corrupção para ser eleito deputado."

Em vista de a tentativa esdrúxula de o senhor presidente da República, de defender os seus companheiros, corrompendo o idioma, não resta outra conclusão: Quem defende o corrupto está do seu lado e obrou com ele.

A tentativa de Inácio, de inocentar moralmente seus aliados e correligionários, exigiu contorcionismo verbal, no melhor estilo da depravação da linguagem, como apresentando por George Orwell, ao conceber, na ficção, a novilíngua (os coletivistas, para chegar e permanecer no poder, fazem-no por meio da mentira e da desfaçatez, que exige a destruição da linguagem, para dominar a mente das pessoas). Ficção, é??

Todo ato criminoso é, antes, um ato de degradação dos costumes, de adulteração, de desvio da probidade e da decência. Nem todo ato corrupto é crime, porém. Se assim fosse, os deputados petistas, para falar só deles, já estavam na cadeia, pois a prova dos saques caixa dois já existe. Pior. O próprio Inácio confessou, em rede nacional de televisão, que o partido dele usa do expediente criminoso do caixa dois. Mas, para ele, isso é somente um erro, não é corrupção.

Afinal, o presidente fala como um imbecil, para chegar ao e permanecer no poder, por que ele pensa que os ouvintes são ainda mais burros do que ele; ou, não, trata-se de algo mais perverso, de imbecilizar a audiência, para tê-la nas mãos - que digitam números nas urnas?

P.S.: Para a noção de imbecilizar uma nação, vide a obra "O imbecil coletivo" de Olavo de Carvalho.

quinta-feira, outubro 06, 2005

Federação? Que federação?

Em notícia publicada ontem (05/10) no Jornal do Comércio de Porto Alegre, à página 06, lê-se que o Rio Grande do Sul ocupa a quinta posição em arrecadação de tributos (impostos e contribuições) pela União, no período compreendido pelos anos de 1995 a 2004. Mas, ao mesmo tempo, ombreia a 25ª posição em investimentos da mesma União. O fato aponta para uma única conclusão: o Brasil não é uma federação, apesar de o nome próprio do país ser "República Federativa do Brasil", conforme pode ser lido na carta constituicional de 1988.

O fato de o Rio Grande do Sul financiar, com o empobrecimento de sua população, o enriquecimento de outras populações do país, depõe contra o nome próprio da nação, fazendo dela ocorrência da contradictio in adjectum (contradição nos termos): a relação sujeito-predicado leva à inconsistência, à auto-anulação, à destruição mútua das partes conceituais. Supostamente, conceituais.

Por que a população de um estado mais rico deve sustentar, à força, as populações de estados mais pobres? Porque a falsa república federativa está organizada de acordo com o ideal comunista de Marx, aqui citado de memória: de cada um conforme sua capacidade, a cada um conforme sua necessidade; ou seja, os capazes sustentarão os incompetentes; os operosos, os vagabundos. A máxima marxista, posta em prática na falsa federação brasileira, impõe o altruísmo à força, institui o canibalismo, depaupera um povo trabalhador e remunera indolentes.

Mas a inexistência de república federativa manifesta-se também em outros aspectos da legislação. O Código Penal é o mesmo para todo o país. Logo, não há federação. O Código Comercial e o Tributário, idem, ibidem. O mesmo quanto à legislação que dificulta, ao máximo, o acesso da população às armas, cerceando-lhes a defesa.

Federação? Que federação?

terça-feira, outubro 04, 2005

A maldita intervenção

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Para um liberal laissez faire como o signatário deste blog, uma das notícias de hoje (04/10/2005) é desalentadora. BC intervém e reforça alta do dólar. A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a 1,35% mais do que no dia anterior. Foi o segundo dia útil seguido, no segundo dia útil da semana, que o Banco Central foi ao mercado para enxugar a sua liquidez. De manhã, o BC adquiriu a moeda a R$ 2,24. Mas como a captação média está alta (40% a mais) e o fluxo de entrada de dólares é alto, devido às exportações, o BC ainda vai ter muito o que intervir, para enxugar a praça e valorizar o dólar.

Para um liberal laissez faire como o redator deste blog, sequer deveria existir monopólio estatal da emissão de moeda (no século XIX no Brasil não havia, interessante, não?). É tal monopólio a causa maior do que mais pode ser censurado no livre (mesmo) mercado: o desemprego. A tese, bem deveis saber, é de Hayek, Friedrich (Denationalization of Money).

Ora, bolas. Quanto mais se exportar, mais o dólar vai baixar, pois mais dólar vai entrar. Os setores que vivem da exportação devem, para ter sucesso constante, permanentemente renovarem-se, pois seu produto ficará cada vez mais caro a quem vendem.

O mercado deve se regular sozinho, ou seja, não possuir agente regulador. O equilíbrio é instável, ou seja, a balança está sempre em movimento. Quando o governo intervém é porque ele está criando privilégios, que não devem, nunca, jamais, existir.

Mas, no Brasil, o dinheiro não nos pertence, ele é propriedade de o governo (vide os hediondos depósitos compulsórios; vide a obrigação de os bancos investirem em determinados setores, como o da construção civil). Se não fosse propriedade do governo não seria crime uma pessoa possuir ... seu dinheiro, seja qual for a moeda pela qual ele opte.

Por essas e por outras o Brasil é um país no rumo contrário da prosperidade. Porque há excesso de governo e escassez de mercado livre é que estamos, cotidianamente, produzindo e reproduzindo a pobreza.

Chega de governo, chega de intervenção, chega de BC.

segunda-feira, outubro 03, 2005

Desarmamento - a violação primordial

No próximo dia 23/10, os brasileiros serão obrigados a irem às urnas para votar 2 Sim ou 1 Não à proibição do comércio de armas e munições no Brasil. A pergunta é capciosa e confunde (você é a favor da proibição ...). Quem não votar pagará multa. É a ditadura da burocracia estatal (eleitos e concursados). O governo deve gastar R$ 600 milhões com o referendo. A burocracia estatal, em esmagadora maiora é anti-armas. Por isso, suspeita de fraude, se o sim vencer. O governo federal do nazismo trabalhista, com apoio do PMDB e de outros partidos coletivistas, gas-tará R$ 119 milhões em segurança em 2005, de R$ 412 milhões orçados. Para 2006, orçou menos, R$ 350 milhões - esses números vêm do secretário estadual de Segurança/RS, José Otávio Germano, em Zero Hora de 23/09, à página 17.

Advogado criminalista, principal sustentáculo do governo nazista trabalhista, o ministro da Justiça já disse que o objetivo maior da proibição da venda de armas e munições é o de acabar com as mortes da violência doméstica. Sua excelência deve, então, proibir facas, garfos, pás, paus, pedras, etc. Deve proibir o automóvel (mata mais do que armas) e as piscinas domésticas, onde há mais mortes de crianças do que através de armas.

A questão do desarmamento foi toda mal conduzida. A Rede Globo é a favor. O Viva Rio, favorável ao desarmamento, recebe dinheiro do estrangeiro. Quem defende o direito de comprar armas não recebe dinheiro de ninguém. A mídia é contra armas, admitiu Paulo Sant’Ana em crônica sua, em Zero Hora.

"Nem todos os favoráveis ao desarmamento são bandidos, mas todos os bandidos são favoráveis ao desarmamento", raciocinou, com brilhantismo, o jornalista Rogério Mendelski, na rádio Pampa (Porto Alegre/RS).

O Folha do Porto recebeu uma enorme quantidade de manifestações contra o desarmamento, ou seja, pelo Não, número 1, no referendo de 23/10 próximo. Não há espaço para publicar todas elas.

Certeza - Uma coisa é certa, em todo o mundo. Quanto mais armas legais, em poder da população, menor é a criminalidade, em especial os assaltos e os homicídios.
O secretário Germano lembrou que o RS tem a maior quantidade de armas legais do país, uma para cada dez habitantes. E uma das menores taxas de homicídios - 12 a cada cem mil pessoas. Já o RJ, segue ele, tem uma arma para cada 74 habitantes e 42 homicídios, para cada cem mil pessoas.

A questão crucial está em que um referendo não pode ser instrumento, para cassar a liberdade primordial, de as pessoas buscarem meios de defesa própria. A busca de tais meios é anterior, precede logicamente - e até ontologicamente, geneticamente - a instituição do mediador (ente estado), assim como o precede a necessidade de se trabalhar, fazer dinheiro, sem impor sacrifícios a outrem.

O referendo é uma ocorrência perigosa, pois, no futuro, outros referendos poderão ser convocados, para ferir, ainda mais, condições primordiais, anteriores ao ente Estado, como no direito de herança, no direito de propriedade (está já está violada no Brasil, mas pode ficar pior tal depravação), no de expressão, no de circulação de pessoas e de mercadorias/serviços.

O mito da gratuidade no Brasil

[Este artigo é conteúdo exclusivo na web, sem publicação no mensário Folha do Porto]

No Jornal do Comércio de hoje, 03/10/2005, à página 25, uma reportagem, de óbvia origem estatal, versa dobre o desperdício de água em Porto Alegre, onde uma departamento estatal (Dmae) da prefeitura fornece água tratada e esgoto sanitário. Em resumo de sua atividade, eles garantem que água servida, oriunda de cozinhas e de vasos sanitários, seja despejada no lago Guaíba e, depois, captada e tratada, quimicamente na maior parte do processo, para consumo humano e, assim por diante, ad indefinitum.

Mas o objetivo deste artigo está em um detalhe muito importante da matéria veiculada pelo Jornal do Comércio. Ela é ilustrda por uma foto, cuja legenda diz "Ligações clandestinas geram perdas para o município". Aparentemente correta e honesta, a frase trai uma visão de mundo totalmente equivocada, pois esconde, mascara e impede o leitor de enxergar a realidade. De tanto as pessoas lerem frases do protótipo "perdas para o ente estado", seja ele Município, Estado ou União, elas acabam, sem perceber, muito menos entender, como, de fato, dão-se as relações econômicas em sociedade.

Assim, para quem enxerga mesmo o que acontece, a legenda deveria ser escrita "ligações clandestinas geram perdas para quem paga". O fato é óbvio para quem tem um mínimo de noção sobre como o mundo funciona, quando se trata de comprar e vender mercadorias/serviços. Mas parece que tal básica, elementar e comezinha noção, sobre o serviço de tratar e entregar água ainda não chegou à redação do Jornal do Comércio, diga-se de passagem, às redações de jornal em geral.

Não é o município que tem perdas com as ligações clandestinas. As perdas pertencem àqueles que pagam pela água e que, se não pagarem, têm o abastecimento cortado. Já os clandestinos, não pagam e ... não têm o abastecimento cortado.

Depravação. E estatal.

Uma empresa privada zelaria melhor pelos seus recursos e evitaria, mais do que uma estatal, a clandestinidade do consumo, seria o pensamento esperado dos defensores do laissez faire, ou seja, do capitalismo sem intervenção do Estado nas relações econômicas (exceto o de zelar pelo indivíduo, sua propriedade e seus contratos). A empresa privadamente administrada, que entregasse a mercadoria água tratada, buscaria minorar, ao máximo, a clandestinidade, pois ela compromete a sua sobrevivência. Além de encarecer o produto final para seu cliente.

A água clandestina, gratuita para quem a rouba, é caso das tais vilas populares (em Porto Alegre o poder municipal conta serem 550), onde vive o povo de renda mais baixa, embora trabalhe; onde vive o povo que não quer trabalhar (o vagabundo ladrão); povo este que recebe a maior atenção da oratória politiqueira, em especial, em ano eleitoral.

O texto do Jornal do Comércio aponta para um outro interessante tema. O do mito da gratuidade no Brasil, afirmado e reiterado na Constituição republicana de 1988. Se algo é gratuito, significa que, para existir, outro está pagando por ele. Logo, não há gratuidade.

A água dos mananciais é gratuita (por enquanto, pois a burocracia estatal, esta ditadora, está preparando mais uma taxação), mas como o ente estatal, ao não zelar por ela, permitiu-lhe a poluição, tem de cobrar tratamento. Há nisso também uma antiga e errônea suposição popular de que a água lava tudo, logo, tudo se atira à água.

Você paga para ver TV aberta? Não. Alguém paga por você, oferecendo-lhe mensagens publicitárias. Você paga para ler o jornal, em papel, Folha do Porto, se está no roteiro de distribuição? Não. Os anunciantes pagam por você, em troca de espaço publicitário no jornal, esperando que você o leia.

Outro número assustador, voltando ao tema da água tratada, está na afirmação de que o desperdício de água para consumo, no Brasil, atinge 40%, número do Ministério das Cidades, sendo de 37,77% tal índice em Porto Alegre.

O número prova, assim, que a gestão estatal da água gera a perversa gratuidade - os honestos pagam o consumo dos desonestos. E, assim, sem atentar ao centro do tema, ficando na superfície enganadora (as imagens no fundo da caverna - ver o mito criador por Platão) da questão, jornalistas e jornais colaboram para depravar a compreensão da realidade.